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O mercado imobiliário é um dos setores que conseguiram manter saldos positivos mesmo com fatores adversos como a pandemia, aumento dos preços e inflação. Seja para realizar o sonho da casa própria, ou como uma chance de investimento, o brasileiro continua, cada vez mais, buscando essa opção na hora de aplicar seu dinheiro.

Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), revelou que houve aumento de 6,2% na comercialização de novos imóveis, no primeiro trimestre de 2022, em comparação a igual período do ano passado. O mesmo indicador mostrou crescimento de 109% na venda de imóveis de médio e alto padrão. Na mesma linha, uma pesquisa Raio-X do FipeZAP mostrou que 46% dos entrevistados pretendiam adquirir imóveis em julho, agosto e setembro deste ano. 

Para o diretor da empresa blumenauense Serpa Construtora e Incorporadora, Gilbert Serpa, a ressignificação do conceito moradia, ocasionada com o isolamento social trazido pela pandemia pode ser visto como uma característica que colaborou para que as pessoas passassem a pensar mais em onde e como morar. 

“As pessoas começaram a passar mais tempo em casa, algumas a terem como seu ambiente de trabalho - uma tendência que veio para ficar, com a extensão do home office para o pós-pandemia. Há uma atenção maior com o quanto esse ambiente precisa ser confortável e agradável, inclusive para os momentos de descanso. Somado a essas adequações de conceitos, investimento em imóvel continua sendo uma opção segura, principalmente em tempos de oscilação”, pontua.

No último ano, o número de vendas de novos imóveis cresceu 12,8%, em comparação com o ano anterior. O dado é do estudo Indicadores Imobiliários Nacionais, coletado do 4º trimestre de 2021, realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), juntamente com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica. Diante desse cenário, Serpa destaca que alguns fatores precisam ser levados em consideração na hora de escolher o imóvel:

1. Localização: as pessoas querem estar perto de tudo, próximas a farmácias, supermercados, escolas, academia e trabalho. A tranquilidade também deve ser levada em conta, principalmente se é para moradia ou para alugar. Por isso, a localização é um dos pontos principais a serem considerados na hora de escolher um imóvel. Se for para fins comerciais, o fácil acesso a ele é o que vai ajudar a definir o quanto será atrativo depois. Vias de ligação às principais ruas da cidade ou saídas para outros municípios, devem ser observadas.
2. Segurança: umas das principais preocupações das pessoas é com a segurança de si mesmo, dos filhos, dos pais... Por isso, antes de adquirir um imóvel é preciso conhecer bem o local e a vizinhança. No caso de condomínios e prédios, buscar saber como é o sistema de monitoramento e de acesso às residências.
3. Lazer e convivência: mais do que nunca a preocupação com o bem-estar se faz presente. E, com a correria do dia a dia, a facilidade de ter academia, áreas de lazer, um ambiente arborizado, Rooftop, piscina e espaço próprio para as crianças são pontos a serem levados em conta. Além disso, um espaço apropriado para os pets também deve ser pensado.
4. Tamanho do imóvel: a necessidade de uma pessoa que mora sozinha é diferente de uma família com filhos. O tamanho do imóvel e a disposição dos espaços precisam ser bem avaliados. Além disso, é preciso pensar em como será morar no local anos depois e se ele continuará sendo uma boa opção caso haja alguma mudança de planos.
5. Estrutura do condomínio: se o imóvel desejado fica em um prédio, ou condomínio de casas ou prédios, é preciso se atentar, além das áreas de lazer e segurança oferecidas, a características como acessibilidade, se o projeto foi pensado para ser inteligente e com tecnologia que atenda às suas necessidades.
6. Preço: é claro que o preço é um dos pontos mais observados por cada investidor. Antes de começar a buscar o imóvel, a pessoa deve saber quanto tem para investir e se a despesa mensal, tanto com parcela quanto com outros custos fixos e que podem surgir, para poder avaliar as condições de pagamento. Fazer uma pesquisa dos imóveis ao redor e desconfiar de valores muito abaixo da média de mercado é um cuidado a mais, que pode fazer a diferença.
7. Documentação: A escolha da empresa, ou da pessoa que vai intermediar a aquisição do imóvel  é muito importante.  É fundamental procurar uma boa incorporadora, imobiliária, ou corretor que preze pela satisfação do cliente. A atenção com a documentação também é necessária, ela deve estar em ordem antes da assinatura do contrato.