A importância do Plano de Gestão de Riscos e Crises nas empresas
Especialista destaca o quanto desenvolver um programa de prevenção para eventos antes mesmo deles ocorrerem pode contribuir para garantir a segurança do negócio e potencializar a reputação positiva da empresa
A reputação da marca e as pessoas que participam do dia a dia do negócio são os maiores bens que uma empresa pode ter. E cada vez que um empreendimento passa por um evento crítico – seja ele como o de saúde/econômico que vivemos, ou como questões trabalhistas, um acidente, contaminação ou uma greve dos colaboradores – ele perde algo: tempo, funcionários, clientes, confiança, credibilidade e, principalmente, reputação. “Por isso, há todo um trabalho que deve ser feito antes de problema grave para evitar ou minimizar os impactos. Com a Internet, todos passaram a ter o chamado telhado de vidro, e mesmo que a mente humana esqueça rapidamente um episódio ruim, o ambiente online mantém os fatos registrados”, alerta Regina Hostins, professora da Fundação Fritz Müller (FFM), jornalista mestre em Desenvolvimento Regional e especialista em Comunicação Corporativa Estratégica.
De acordo com Regina, é imprescindível que as empresas tenham um programa de gerenciamento de riscos e crise desenvolvido antes que ela aconteça. Para isso, a união de áreas estratégicas, como gestão de pessoas, comunicação, TI, jurídico e segurança, por exemplo, é fundamental, para que juntas possam mapear possíveis eventos críticos, definir fluxo de informação, elaborar o plano de ações e treinar todo o comitê para que os envolvidos estejam preparados numa eventualidade.
“Ter um plano de continuidade dos negócios, envolve várias etapas e deixa as organizações mais preparadas. Quando a crise chega, a empresa consegue reagir melhor e mais rapidamente, mesmo que não tenha previsto o evento no seu protocolo. O ponto x da questão é que entre prever um evento crítico e viver a situação de fato há grandes diferenças, por isso são necessárias constantes simulações para que na hora da crise, entrar em ação seja rápido”, lembra a especialista.
Reputação
Durante um evento crítico, ser transparente, admitir a vulnerabilidade e conseguir responder ao episódio rapidamente é fundamental e evita impactos negativos na reputação da organização.
O comportamento do público – sejam clientes, consumidores, mídia, colaboradores, sindicatos ou acionistas – é um termômetro para o enfrentamento de um episódio adverso, potencializado pela força das mídias digitais, ainda mais quando se trata da reputação organizacional. Por isso, o mapeamento de vulnerabilidades é uma prevenção assertiva em se tratando de gestão de crise.
Curso
O tema será abordado em um curso de curto prazo na Fundação Fritz Müller entre os dias 26 e 29 de julho e também entre os dias 02 e 05 de agosto. Com aulas online ao vivo durante os quatro dias, Regina Hostins vai orientar sobre Gestão de Crises, mas com foco na Reputação, focando nos públicos, mensagens e o que fazer antes, durante e depois de um evento crítico. Mais informações na página da FFM, no https://www.fundacaofritzmuller.com.br/curso/gestao-de-crises-foco-em-reputacao/turma/180d7dE3