05/07/2024

Anúncio da bandeira tarifária amarela reforça a importância da energia solar no Brasil

Reajuste deve representar acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumido e afeta diretamente o consumidor final 

No final de junho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a mudança da bandeira tarifária para amarela, o que resultará em um acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumido. Esse reajuste afeta diretamente os consumidores e evidencia o debate sobre a necessidade de buscar alternativas mais econômicas e sustentáveis para a geração de energia, a exemplo da solar fotovoltaica, que tem estado cada vez mais presente nos lares brasileiros.

Entre os motivos para a alteração tarifária, que não ocorria desde abril de 2022, a Agência apontou a previsão de chuvas 50% abaixo da média até o final do ano e a expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período - o que faz  as termelétricas operarem mais intensamente. Para o representante do setor de energia solar, Thomas Knoch, CEO do Grupo SV de Santa Catarina, a necessidade de acionar as termelétricas, que funcionam através da queima de combustíveis e tem uma operação mais cara do que as hidrelétricas, evidencia a vulnerabilidade do sistema elétrico brasileiro, altamente dependente das condições climáticas.

“Esse cenário reforça a importância da diversificação da matriz elétrica e do investimento em fontes alternativas de energia, como a solar fotovoltaica. A energia solar tem se mostrado uma opção cada vez mais viável e compensatória, além de eficiente, para consumidores que buscam reduzir seus custos com energia elétrica, visto que a economia com um sistema próprio de geração de energia pode ultrapassar 90%”, comenta Knoch.

A adoção de sistemas de energia solar no Brasil vem crescendo a passos largos. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram que, em 2023, o país conectou mais de 625 mil sistemas de geração distribuída, sendo quase a totalidade baseada na fonte solar. Esse foi o segundo melhor resultado do setor, atrás apenas de 2022. Tal crescimento é impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo a redução dos custos de instalação, a disponibilidade de financiamento e os benefícios ambientais e econômicos associados à geração de energia limpa.

Além de representar uma economia significativa na conta de luz dos consumidores, a energia solar contribui para a redução da emissão de gases de efeito estufa e diminui a pressão sobre as hidrelétricas, que são impactadas por períodos de seca. "Em momentos de crise hídrica e aumento das tarifas, a energia solar ganha ainda mais destaque por ser uma solução sustentável e econômica. O investimento inicial pode ser recuperado em poucos anos, dependendo do consumo e das condições locais, e a vida útil dos sistemas fotovoltaicos pode chegar a 30 anos", ressalta Knoch.

Para o CEO, o cenário atual é um incentivo adicional para que mais brasileiros considerem a adoção de energia solar em suas residências e empresas. 


Legenda: Emprego da energia solar pode reduzir o custo com energia elétrica em mais de 90%.
Créditos: Divulgação/Solar Vale
Legenda: Thomas Knoch é CEO do Grupo Solar Vale
Créditos: Divulgação/Solar Vale