24/07/2023

Apelo sustentável e alta produção fazem da impressão digital uma das tendências da indústria têxtil

CEO de uma das maiores referências em soluções para o mercado de estamparia, Felipe Sanchez, do Grupo Bloom, tem boas expectativas com relação ao crescimento do segmento baseado na necessidade cada vez maior de alternativas menos danosas ao meio ambiente

O mundo da moda está passando por uma verdadeira revolução, à medida que as empresas buscam soluções mais sustentáveis para suas práticas e processos produtivos. Um setor que tem se destacado nessa jornada rumo à sustentabilidade é a indústria têxtil, com a crescente adoção da impressão digital como um pilar-chave para a redução do impacto ambiental e a produção sob demanda.

Para Felipe Sanchez, CEO do Grupo Bloom - referência no país na oferta desse tipo de solução -, quando comparada aos métodos tradicionais de estamparia, a digital traz uma série de vantagens ambientais significativas. “Empresas em todo o mundo estão cada vez mais conscientes da necessidade de minimizar o consumo de água, reduzir resíduos, evitar desperdícios e utilizar tintas ecologicamente sustentáveis em suas operações. Nesse contexto, a impressão digital se apresenta como uma alternativa ecologicamente responsável, revolucionando a forma como a moda é produzida e consumida”, comenta ele. 

Um levantamento publicado pela Global Fashion Agenda, no segundo semestre de 2022, confirmou que a indústria da moda continua sendo a segunda que mais polui o meio ambiente no mundo. Ela fica atrás apenas da indústria petrolífera, conforme apurado pela organização, que revelou que mais de 92 milhões de toneladas de resíduos têxteis foram descartados nos últimos anos - número que deve aumentar em 60 % em menos de uma década. Diante disso, especialistas enxergam a necessidade de que esforços sejam empenhados na construção de uma indústria têxtil mais sustentável.

Segundo Sanchez, para isso é preciso que haja uma sensibilização maior por parte dos consumidores e dos produtores de moda, para a criação de produtos sustentáveis, que utilizem menos recursos naturais como a água e não poluem a natureza. Para isso, ele ressalta a importância de oferecer soluções inovadoras e ecológicas para o mercado da moda no Brasil. O próprio Grupo Bloom tem em seu portfólio máquinas que consomem até 85% menos água e 88% menos energia, em relação às convencionais.  

"Nós acreditamos que é fundamental investir em tecnologias que reduzam o impacto ambiental e, ao mesmo tempo, permitam a criação de produtos personalizados e de alta qualidade. A impressão digital é uma dessas tecnologias e tem sido uma peça-chave na produção sustentável”, comenta.

O Grupo Bloom atende grande parte do mercado brasileiro através de marcas parceiras e com produtos de marca própria, com máquinas, tintas sustentáveis e linha de papéis para impressão têxtil. O foco da empresa é oferecer respostas às necessidades da indústria na busca de soluções que possibilitem a redução de desperdício, menor impacto hídrico e a oferta de produtos personalizados.

Outra pauta levantada pela empresa brasileira e que ganha força com a impressão digital é a produção sob demanda. Que permite que os fabricantes possam contar com velocidade e diversidade de criação, sem abrir mão da qualidade dos produtos, e, o mais importante: produzindo apenas o que realmente é necessário. Uma forma de eliminar os estoques parados, um dos grandes gargalos da indústria da moda, que prejudica o bolso e o meio ambiente. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), cerca de 24% do que é produzido não é vendido.


Legenda: Felipe Sanchez, CEO Grupo Bloom
Créditos: Divulgação/Grupo Bloom
Legenda: Felipe Sanchez, CEO Grupo Bloom
Créditos: Divulgação/Grupo Bloom
Legenda: Felipe Sanchez, CEO Grupo Bloom
Créditos: Divulgação/Grupo Bloom