As protagonistas do mundo real: conheça a história de 7 mulheres empreendedoras
A sociedade tem registrado cada vez mais o crescimento do protagonismo feminino. A indústria cinematográfica, por exemplo, não se cansa de dar vez e voz para o papel da mulher nas histórias principais. Antes a figura feminina era retratada como frágil e incapaz, hoje o cenário se encontra diferente. Os próprios desenhos animados abordam o posicionamento feminino de uma maneira oposta dos conteúdos de algumas décadas atrás.Por fora das telas e do entretenimento, encontramos no dia a dia histórias reais, de mulheres que constroem biografias dignas de roteiro.
Segundo o IBGE, em 2021, cerca de 350 mil mulheres optaram por empreender na indústria. O que esses números não mostram é que grande parte dessas mulheres fazem uma jornada dupla, intercalando com as tarefas domésticas e a criação de filhos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que mais da metade (51%) dos trabalhadores registrados no país são mulheres, mas os cargos de liderança são ocupados por apenas 38% delas.
A disparidade de gênero é muito grande e os caminhos trilhados por aquelas que conquistam um cargo decisor acabam sendo cheios de desafios. Nesta reportagem, sete mulheres contam seus desafios:
Construção civil - inovação que faz a diferença
Adriana Bombassaro, é formada em Ciências da Computação há quase 20 anos e decidiu entrar na área da tecnologia mesmo sendo um território tomado por homens. Adriana, estabeleceu uma carreira executiva de sucesso, até que tomou a iniciativa de empreender. O que ela não esperava, era que uma semana depois de se desligar do seu emprego formal, enfrentaria um desafio ainda maior: empreender em meio a uma pandemia global. Atualmente, é co-fundadora e diretora de operações da FastBuilt, startup especializada em automação para construção civil, uma área que ainda é muito relacionada ao público masculino. Segundo dados do Ministério do Trabalho, a participação feminina cresceu consideravelmente nesse setor, são mais de 200 mil mulheres ocupando cargos em escritórios de engenharia, indústrias e no canteiro de obras.
Regina Sardanha, também ingressou em um território desconhecido e conquistou um lugar no mercado da construção civil. Há 13 anos atua à frente de uma empresa pioneira em sistemas de escoamento lineares no Brasil, o Grupo Linear, hoje atuando em todo território nacional e em nove países da América Latina, além de estar começando a levar produtos também para os EUA e África. Como milhares de outras mulheres, Regina precisou fazer uma jornada dupla, revezando seu trabalho como diretora e mãe. Hoje seus dois filhos são adultos, mas foram criados enquanto ela assumia o cargo de liderança na empresa.
Sócia da Serpa Incorporadora, Clarissa Serpa, realiza toda a gestão estratégica do empreendimento da família. Uma de suas funções principais dentro da empresa é comandar as equipes do comercial e marketing. Clarissa concilia seu tempo na área da saúde atuando na UTI Neonatal e cuidando de seus dois filhos que estão em fase escolar.
Na área corporativa elas reforçam a característica multifunção
Lonita Lunelli é gerente regional do Sebrae no Vale do Itajaí.Com 23 anos de atuação na entidade traz, além da vivência como mulher no mercado de trabalho, uma bagagem de apoio ao empreendedorismo feminino regional.
Daniele Guarez, é sócia e gestora de Gente e Cultura da Marvee, startup especializada em gestão financeira de empresas. É mais um exemplo de presença feminina em áreas antes predominantemente masculina - a inovação financeira.
Mercado de publicidade
Raquel Leidens, é diretora de operações e sócia na Seven Comunicação Total, onde exerce a função há quase 20 anos. Desde 2020 vem falando abertamente sobre e para mulheres no mercado de trabalho como um todo. Raquel tem frisado cada vez mais em suas falas a importância do papel feminino na liderança, considerado lugar “de homem”.
Ramo cervejeiro
Larissa Schmitt, ocupa um cargo incomum para uma mulher. Diretora da Das Bier Cervejaria, empresa familiar com sede em Gaspar, que existe desde 2006, onde comanda 13 colaboradores. Pode falar do mercado cervejeiro, como é estar nesse meio e as barreiras que precisam ser quebradas para o crescimento da atuação feminina no segmento.