Automação têxtil transforma setor com ganhos em eficiência, qualidade e sustentabilidade
Investimento em tecnologia está nos planos de 42% das empresas do setor, conforme apuração da Abit. Nesse cenário, companhia de Santa Catarina aposta na entrega de máquinas têxteis que fomentam a produtividade além de outros ganhos desejados
A industrialização da produção têxtil tem impulsionado a modernização do setor, proporcionando avanços significativos em eficiência produtiva, qualidade e sustentabilidade. Com o uso de tecnologia avançada e automação, os segmentos se tornam mais competitivos e preparados para atender às demandas do mercado global. Um levantamento da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) mostra que 42% das empresas do setor pretendem investir, moderadamente, principalmente em maquinário, tecnologia e automação, enquanto 31% planejam expandir sua capacidade produtiva a partir de 2025. Entre as inovações que têm revolucionado a cadeia produtiva estão equipamentos que aumentam a eficiência e reduzem o impacto ambiental.
Da cidade de Pomerode (SC), a Delta Máquinas Têxteis se destaca em toda a América pelo desenvolvimento de soluções tecnológicas que exemplificam a automação no setor. A lavadora de amostras oferecida pela empresa, por exemplo, consome 80% menos água em relação a equipamentos convencionais, além de reduzir o uso de tecidos em 65% e o tempo de processo em até 90%. A empresa também conta com a linha de revisadoras que inspecionam até 40 metros de malhas ou tecidos por minuto, garantindo um rigoroso controle de qualidade.
“A industrialização da produção têxtil está impulsionando a evolução do setor, tornando as indústrias mais eficientes e sustentáveis. O futuro da indústria têxtil passa inevitavelmente pela automação, garantindo maior competitividade para as empresas brasileiras e alinhando o setor às exigências do mercado moderno”, comenta o CEO da Delta, Fábio Kreutzfeld.
Entre outros produtos presentes no portfólio da empresa catarinense, também estão soluções como a embaladora automática que promove a redução do consumo de plástico, evita desperdícios e reduz o esforço manual dos trabalhadores, permitindo embalar até 240 rolos por hora e uma relaxadeira de malhas e tecidos que proporciona um ganho expressivo de tempo no processo de relaxamento dos materiais, que antes demorava 48 horas e agora é concluído em apenas 10 minutos, entre outras dezenas de máquinas.
Potência têxtil brasileira
O Brasil é um dos principais produtores têxteis do mundo, com 2 milhões de toneladas de volume de produção em 2023, segundo relatório da empresa de pesquisa Inteligência de Mercado (IEMI), com apoio da Abit e do Senai CETIQT (Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil). O setor têxtil e de confecção também faturou R$ 203,9 bilhões no mesmo ano e recebeu R$ 4,6 bilhões de investimentos, de acordo com o mesmo levantamento.
Atualmente, existem 25,3 mil empresas ativas no país, gerando 1,3 milhão de empregos diretos, sendo o setor de confecção o segundo maior empregador da indústria de transformação, de acordo com a Abit.