Backup em nuvem: 5 motivos para apostar na ferramenta de cibersegurança
Especialista aponta as principais razões e benefícios para adoção da tecnologia para cópia segura de dados corporativos
De acordo com estudos divulgados pela Norton Security, cerca de 71 milhões de brasileiros sofreram algum tipo de ataque cibernético em 2022 - um prejuízo avaliado em R$ 32 bilhões.
No Brasil, um dos crimes mais frequentes é o ransomware (sequestro de dados) que, como o nome diz, sequestra as informações e cobra um valor de resgate para a recuperação dos dados da empresa. Uma das formas de evitar ou contornar a situação de perda de dados é o fazer uso do backup em nuvem.
Sandro Zendron, CEO da Microservice, empresa de tecnologia que oferece serviços especializados em segurança da informação, afirma que a adesão a essa ferramenta é a chave para deixar os documentos seguros. “A cópia tradicional de dados, realizada em dispositivos físicos, já é considerada ultrapassada, quando se leva em consideração a rapidez de recuperação de informações e facilidade de acesso remoto. Embora o backup físico ainda seja interessante para algumas empresas, a cópia de segurança feita na nuvem é a modalidade mais alinhada com as demandas atuais de segurança da informação”, diz o executivo.
O gestor lista alguns dos principais motivos para investir no backup em nuvem na empresa.
- Potencialização da segurança: na nuvem não há o risco físico de perda de informações. Situações como incêndios, enchentes, panes elétricas, roubos, e outros episódios relacionados à infraestrutura física, não afetam o ambiente cloud. Além disso, a criptografia está inclusa em todo o processo. Portanto, mesmo que consigam acessar os dados, os cibercriminosos, ou outras pessoas não autorizadas, não têm como se aproveitar do conteúdo.
- Flexibilidade e escalabilidade: crescimento sustentável se traduz em escalabilidade e é o maior desejo de todas as empresas. Porém, junto com o progresso, vem maior quantidade de dados a serem armazenados. “A nuvem é flexível e elástica, portanto se adapta ao crescente volume de dados das empresas com facilidade. Se o negócio demanda maior espaço de armazenamento devido à grande adesão de novos clientes no início do ano, por exemplo, ela cumpre esse papel”, diz Sandro.
- Automação e monitoramento: a automação do processo de backup garante que as cópias de segurança não fiquem suscetíveis a esquecimentos e falhas humanas. Isso possibilita programar backups recorrentes e periódicos, de acordo com o Recovery Point Objective (RPO) e o Recovery Time Objective (RTO) de cada negócio. Testes de restore, verificação de conexão estável à internet e o checkup geral da “saúde do backup” estão entre as atividades fundamentais para assegurar o sucesso da recuperação de dados, sempre que ela for necessária no contexto do backup corporativo.
- Redução de custos: ao utilizar servidores virtuais baseados em cloud, gastos com infraestrutura física - equipamentos, aluguel de espaço, manutenção e outros - são eliminados. “No modelo on demand, só é preciso assumir as despesas com o espaço e os recursos que efetivamente utilizam, tendo a liberdade de reduzir ou aumentar a demanda a qualquer momento”, diz o CEO da Microservice.
- Acesso remoto: ao utilizar o backup em nuvem, as informações podem ser acessadas de forma rápida, em qualquer lugar e momento, pelos usuários autorizados. “Além do home office, o modelo ‘anywhere office’ também se tornou comum ao redor do globo. Além de agilizar os processos e contribuir para a produtividade, isso também garante a continuidade do trabalho em diferentes contextos”, afirma Sandro.
Cenário da segurança de dados
Hoje, 98% das organizações utilizam infraestrutura hospedada em nuvem como parte de sua estratégia de proteção de dados. Porém, cerca de 34% das organizações ainda não fazem backup de seus compartilhamentos de arquivos hospedados na nuvem e 15% não fazem backup de seus bancos de dados hospedados na nuvem. Os dados foram obtidos do estudo Cloud Protection Trends Report 2023, da Veeam Software.