Cancelamentos de voos são o primeiro desafio para viagens corporativas em 2022
Empresas aéreas já solicitaram remanejamento em mais de 600 voos, menos de um mês após a perda de vigência de lei que flexibilizava reembolsos ou remarcações durante pandemia. Especialista ressalta a gestão de bilhetes não voados como cruciais neste momento
Os casos confirmados de coronavírus no país subiram 743% em comparação à média de 14 dias, de acordo com os dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. Com a tendência de alta nas infecções, pousos e decolagens começaram a ser afetadas - a Azul e Latam já anunciaram o cancelamento de mais de 608 voos desde a última semana. Cibeli Oliveira, diretora de CX da Paytrack, empresa especializada em soluções para gestão de despesas e passagens aéreas, reforça que, com o cenário atual, a gestão dos bilhetes não voados é fundamental para evitar prejuízos financeiros, além do atendimento pró-ativo aos colaboradores que foram afetados pelas mudanças em suas viagens. “Ter uma solução tecnológica que controle e gerencie as passagens não realizadas reduz a dor de cabeça das corporações, fazendo com que a empresa não perca recursos e rastreabilidades destes bilhetes.”, explica.
O cenário acompanha outro movimento importante: a perda da vigência da Lei 14.034, que determinava o reembolso, crédito ou o direito de remarcação de voos durante a pandemia. Com a não renovação da extensão na lei, a resolução nº 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) volta a vigorar, tornando vigente as cláusulas estabelecidas no contrato de compra. Algumas das principais mudanças dizem respeito ao reembolso, enquanto a lei emergencial estendia o prazo das companhias para realizar a devolução do valor em até 12 meses, agora as empresas aéreas precisam estornar o dinheiro em até sete dias corridos.
Para facilitar o manejo das despesas em viagens corporativas, Cibeli cita que é necessário que empresas contem uma política de viagens clara. “Em um cenário normal, as empresas já estavam suscetíveis a estes contratempos, agora que a situação foi agravada, ter clareza sobre as atitudes que o colaborador deve tomar é ainda mais importante. Com uma política estruturada, o funcionário conhece seus direitos e se sente mais seguro frente aos imprevistos”, esclarece a especialista.
Para gerir os bilhetes não voados, Cibeli destaca a necessidade de visualização e registro dos ocorridos. “A documentação sempre é fundamental, já que é ela quem traz informações sobre a operação, sejam as viagens bem sucedidas ou não. Centralizar estes dados permite controlar e analisar cada caso específico em que o colaborador não conseguiu realizar o voo, negociando com a fornecedora dos bilhetes a melhor maneira para evitar perdas, solicitando remanejamentos ou créditos para novas emissões”, diz.
Por fim, a especialista ainda enfatiza que a tecnologia deve ser vista como aliada neste processo. “Os bilhetes não voados podem ser um grande incômodo para as empresas, principalmente as que possuem um alto fluxo de viagens, trazendo desperdícios e prejuízos financeiros. A automação destes processos, com soluções all-in-one, como a oferecida pela Paytrack, fornece transparência, segurança e compliance para as organizações. Dessa forma é possível alinhar os serviços internos e com a eficiência da gestão de viagens e despesas de forma otimizada, mantendo a regularidade da operação”, ressalta.