Ciberataques crescem 94%: como proteger seu negócio em 2023
Empresas devem correr para atualizar ou adotar soluções que garantam a cobertura de dados sensíveis contra os criminosos cibernéticos. O Brasil é o segundo país na América Latina que mais sofre com ataques virtuais
A pouco tempo do fim do ano as preocupações dos gestores de empresa estão voltadas para o planejamento para 2023. Com o surgimento e desenvolvimento acelerado de novas tecnologias e formas de trabalho, uma das principais preocupações dos empresários é relacionada à segurança cibernética, já que mais de 75% das organizações globais crêem que vão sofrer ataques cibernéticos nos próximos 12 meses. Os dados são do Índice Global de Risco Cibernético, levantamento feito pela Trend Micro.
Portanto a segurança na informação é a preocupação de todos na atualidade. É o que afirma Sandro Zendron, CEO da Microservice, empresa especializada em soluções de segurança cibernética.
“O Brasil é um dos países que mais sofrem com ataques à segurança da informação. Só de janeiro a junho deste ano foram 31,5 bilhões de tentativas de crimes, 94% de aumento em relação ao ano passado. Com a evolução das tecnologias de hardware e software os criminosos também estão se atualizando e aprimorando suas técnicas, tentando driblar todas as formas de segurança disponíveis”, diz o gestor.
Recentemente, por exemplo, a Uber foi atacada por um hacker de 18 anos que já vinha estudando técnicas de invasão de sistemas há algum tempo. O criminoso afirmou que atacou a empresa porque sua segurança era muito fraca e acabou comprometendo diversos sistemas internos da gigante de aplicativos de transporte.
Por outro lado, a ampla divulgação desses casos de vazamento de dados e o comprometimento das empresas com a aplicação e o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) vem criando pessoas e empresas mais conscientes. O Gartner estima que até o final de 2024, cerca de 75% da população mundial terá seus dados pessoais protegidos por modernos regulamentos de privacidade.
Desta forma algumas tendências se desenham para o futuro. Uma delas é o “zero trust”, ou segurança de confiança zero. O modelo segue a filosofia de que nenhuma pessoa ou dispositivo, dentro ou fora da rede de uma organização, deve receber acesso para se conectar a serviços ou sistemas de TI até que seja autenticado e verificado continuamente. Ainda de acordo com o Gartner a probabilidade é de que 60% das organizações vão adotar o zero trust até 2025. “Este é um princípio de segurança que exige uma mudança cultural e comunicação clara para vinculá-la aos resultados de negócios e assim alcançar os benefícios esperados”, diz Zendron.
Estudos também apontam que as empresas devem passar a usar o risco de segurança cibernética como principal determinante na hora de fechar contratos comerciais. A Microservice, enquanto empresa especializada, acredita que são poucos os líderes de segurança e risco que monitoram atividades de terceiros quanto à segurança cibernética e a exposição à falha. “Em um olhar para um futuro próximo, a esperança é de que os próprios consumidores exijam que a segurança da informação, ou a inadequação ou falta dela, seja decisiva para a realização de negócios com terceiros”, diz o CEO da Microservice.
A tecnologia e suas possibilidades abrem muitas portas para inovação, inclusão, desenvolvimento de talentos e negócios diversos. Mas infelizmente abre também brechas para que usuários mal intencionados se aproveitem e lucrem no mercado negro com a venda, troca, exposição de informações pessoais de inocentes ou até falhas nos sistemas que gerem vantagens inadequadas e inesperadas para os criminosos.
“A luta pela segurança da informação é contínua e não vai retroceder. As ameaças vão apenas se multiplicar e cabe ao gestor estar sempre atento às melhores práticas para manter os dados da empresa e de seus clientes e funcionários sempre protegidos, utilizando as melhores ferramentas e soluções”, completa Sandro.