28/07/2025

Com destaque na geração de empregos, indústria catarinense atrai talentos além do chão de fábrica

Empresas como a Delta Máquinas Têxteis, de Pomerode, mostram que há espaço para profissionais de tecnologia, engenharia, atendimento e inovação no setor

A indústria catarinense segue sendo uma das maiores fontes de geração de empregos do país. Somente no primeiro trimestre de 2025, o setor foi responsável por 35,9 mil novas vagas com carteira assinada, número que posiciona Santa Catarina como o segundo estado que mais contratou na indústria no período, atrás apenas de São Paulo. Os dados, divulgados pelo  Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e analisados pelo Observatório FIESC, refletem a força de diferentes segmentos, como construção civil, têxtil e confecção, couro e calçados, além de máquinas e equipamentos, entre outros.

Entre as empresas que impulsionam esse crescimento está a Delta Máquinas Têxteis, com sede em Pomerode, no Vale do Itajaí — a empresa desenvolve tecnologias voltadas à automação de processos na indústria têxtil e atende grandes marcas do setor em todo o país e na América. O que um dia pode ter se limitado a vagas tradicionais de chão de fábrica, hoje se expande para funções ligadas à tecnologia, engenharia, inovação, desenvolvimento de produto, experiência do cliente, marketing e suporte técnico. É o reflexo de uma transformação silenciosa, mas intensa, no perfil das vagas e dos profissionais que a indústria demanda.

“Hoje, uma indústria como a nossa precisa tanto de soldador quanto de analistas de dados e profissionais de tecnologia e design. As oportunidades existem, mas o perfil está mudando”, afirma o CEO da Delta, Fábio Kreutzfeld. “Mais do que força física, buscamos cada vez mais pessoas com habilidades analíticas, comportamentais e digitais”, explica.

Esse movimento acompanha tendências globais. As mudanças sociocomportamentais, a automação e a chegada de tecnologias como inteligência artificial e internet das coisas estão redesenhando o mapa do trabalho industrial. Profissões tradicionais passam a conviver com novas funções, exigindo formação técnica, capacidade de adaptação, pensamento crítico, colaboração e aprendizado contínuo.  Um estudo do Fórum Econômico Mundial projeta que, enquanto 92 milhões de empregos poderão desaparecer, outros 170 milhões devem surgir até 2030, resultando num saldo global positivo de 78 milhões de novas posições — em grande parte ligadas à tecnologia e ao desenvolvimento digital.

A própria jornada de trabalho e as expectativas profissionais estão mudando. Segundo Kreutzfeld, há espaço para crescimento, estabilidade e desenvolvimento dentro da indústria, inclusive para jovens em início de carreira ou pessoas em transição profissional.

“É importante desconstruir a ideia de que indústria é sinônimo de trabalho repetitivo e pouca valorização. Pelo contrário, a indústria moderna oferece segurança econômica, oportunidades de evolução e um ambiente cada vez mais aberto à diversidade e à inovação”, destaca o CEO.

Com a retomada do crescimento econômico e os investimentos em tecnologia e capacitação, a tendência é que esse cenário se intensifique nos próximos anos. Empresas como a Delta, que alia tradição industrial à inovação, mostram que a indústria do futuro já está sendo construída. E ela precisa de gente preparada, curiosa e com vontade de aprender.


Legenda: Entre as empresas que impulsionam esse crescimento está a Delta Máquinas Têxteis, com sede em Pomerode, no Vale do Itajaí
Créditos: Divulgação/Delta
Legenda:
Créditos: Divulgação/Delta
Legenda:
Créditos: Divulgação/Delta
Legenda:
Créditos: Divulgação/Delta