Com Mercado Livre de Energia a economia na conta de luz pode chegar a até 40%
A ampliação para mais consumidores no início de 2024 impulsionou a entrada de cerca de 19 mil novos adeptos só nos três primeiros meses. Representantes das energias renováveis, como a solar, estão otimistas com o ritmo acelerado de adesões
Desde que a expansão do Mercado Livre de Energia para todos os consumidores do Grupo A (média e alta tensão) passou a valer, no início do ano, milhares de empresas iniciaram o pedido de migração para esse Ambiente de Contratação Livre (ACL). O interesse pela modalidade está, principalmente, na economia gerada na conta de luz, que pode chegar a até 40%, segundo representantes do setor, como a SV Energia, empresa do Grupo SV, que atua com uma ampla frente de serviços e soluções fotovoltaicas em Santa Catarina.
A liberdade de negociação com os fornecedores, a gestão eficiente dos gastos, além do acesso a fontes renováveis, como a solar, também são atrativos para a mudança. Segundo representantes das renováveis - caso da fotovoltaica -, a abertura do mercado melhora as possibilidades de negócios. Para Thomas Knoch, CEO do Grupo SV, esse segmento de geração de energia é um dos que mais se destacam dentro desse cenário, que deve passar por mais mudanças nos próximos anos.
“O consumidor tem, hoje, diferentes formas de se valer da energia solar, até mesmo sem precisar instalar um sistema de geração em sua casa ou empresa. Uma delas é o Mercado Livre de Energia, que é uma possibilidade para as empresas com gastos a partir de cerca de R$ 5 mil, que possuem uma subestação de energia. Nesta modalidade, o empresário já consegue garantir uma boa economia na conta de luz - não tanto quanto teria com um sistema próprio, mas sem precisar desembolsar o valor para a instalação do sistema. Ou seja, ele tem maior autonomia para analisar o que é melhor e mais viável no momento”, destaca o executivo do setor solar.
De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), cerca de 19 mil consumidores já notificaram à Agência Nacional de Energia Elétrica o encerramento do contrato com distribuidoras, para migrar para a modalidade de contratação livre de energia, neste ano. A mudança beneficia indústrias e empresas de pequeno e médio porte, como farmácias, padarias e mercados - negócios que têm liderado os pedidos de migração desde então.
“No Mercado Livre de Energia, o consumidor é livre para escolher o seu fornecedor desde que esteja devidamente habilitado pela CCEE, assim como para escolher se a fonte é renovável e negociar valores e prazos. Para as empresas que precisam cumprir metas de descarbonização, por exemplo, essa é uma porta interessante de acesso à energia limpa”, pondera Knoch.
Entre as soluções oferecidas pelo Grupo SV, a consultoria para migração ao Mercado Livre de Energia é uma das áreas que tem atraído muitos clientes para a companhia desde o ano passado, quando o assunto começou a ganhar mais evidência, segundo o CEO. Outra frente de atendimento que cresceu foi a construção de usinas para investimento, na qual o investidor vende a energia produzida para consumidores, sendo o ACL uma das opções.