Construtoras perdem quatro apartamentos por empreendimento com custos de assistência técnica
Gastos com pós obra podem ultrapassar R$ 1 milhão com falta de visibilidade de gastos com pós-obra nos empreendimentos
O sonho da casa própria pode virar um pesadelo quando problemas de estrutura começam a aparecer após a entrega do imóvel - e não é só para o cliente. Atualmente, estima-se que cerca de 2% a 5% do valor total que uma construtora investe em um empreendimento seja gasto com procedimentos pós-obra. Serviços de manutenção, reposição de materiais e operações de atendimento podem fazer a construtora desembolsar um valor que poderia ser usado para construir de três a quatro apartamentos de médio padrão.
O dado é de um estudo realizado recentemente pela construtech FastBuilt, especializada em soluções de gestão do pós-obra, e leva em consideração o custo unitário básico (CUB) da construção e o percentual estimado pelo mercado com gastos de assistência técnica após a entrega dos imóveis. Vale ressaltar que, além de previsto muitas vezes em contrato de compra e venda, essa manutenção é definida pela Norma Regulamentadora Brasileira (NBR) 15575, que estipula prazos de garantia para diversos itens da infraestrutura de moradia.
Para que a construtora possa ter visibilidade do dinheiro que está perdendo por falta de uma gestão eficiente do pós-obra, a FastBuilt lançou uma Calculadora de Gastos. Ela ajuda a construtora a entender quanto ela vai gastar com pós-obra ao longo de cinco anos . Nela é possível adicionar informações como o valor do CUB atualizado, o número de apartamentos do empreendimento e a metragem aproximada de cada um. A calculadora vai gerar automaticamente o valor aproximado dos gastos com o pós-obra, quantos apartamentos a construtora “perde” com esse valor.
“Muitas construtoras não sabem quanto estão gastando com suas operações de pós-obra. E essa é uma informação importante que gera previsibilidade e economia no seu empreendimento”, diz Jean Ferrari, CEO da FastBuilt.
O executivo traz um exemplo: com o CUB de fevereiro de 2023 a 2662,47 R$/m², um condomínio de duas torres com 192 apartamentos de aproximadamente 77 metros quadrados, o valor gasto com o pós-obra pode chegar a R$ 1.023.410,87.
Tecnologia para otimizar custos
Para driblar o alto índice de assistências técnicas e gerenciar as ocorrências para atendimento, logística e entregas eficientes, a FastBuilt desenvolveu a funcionalidade Assistência Técnica em sua plataforma. Via app, o morador consegue abrir e acompanhar chamados do seu imóvel, com registro de fotos e vídeos. A construtora, por sua vez, pode centralizar os chamados, filtrando-os por nível e urgência, para reduzir custos de deslocamento dos profissionais, por exemplo. Pode ainda antecipar informações e imagens referentes à solicitação e verificar a melhor conduta sem deslocar uma equipe apenas para análise.
“Considerando o exemplo citado, o uso da nossa solução a construtora poderia construir mais quatro apartamentos e teria um Retorno de Investimento de R$ 186.742,17. Com a nossa solução, a construtora economiza pelo menos 20% do custo de pós-obra.”, explica Jean.
A construtora Santo André Empreendimentos, de Campinas (SP), é uma das empresas que adotou a solução. Há mais de 10 anos no mercado, a empresa conta com mais de 2,5 mil clientes.
Na construtora, o tempo de atendimento do chamado de assistência técnica diminuiu pela metade - de 30 passou para 15 dias de resolução do problema. Além disso, a quantidade de chamados abertos também caiu 35%, já que o cliente tem informações disponíveis na palma da mão, através do aplicativo. A Santo André Empreendimentos adicionou na plataforma as principais dúvidas que os clientes têm, através da assistente virtual NIA. Desta forma, o usuário entra no aplicativo e já pode solucionar algumas questões por conta própria, com o banco de informações disponível.