Cultura analítica proporciona ganho de 50% no faturamento, mas ainda é desafio nas empresas
Estudos apontam que a maioria dos negócios que realizam a coleta dos dados ainda não utilizam a tecnologia para analisar padrões e otimizar operações. Especialista detalha vantagens
Com o avanço exponencial e acelerado da tecnologia, o acúmulo de dados gerados e compartilhados é enorme. Eles são coletados diariamente, mas isso não basta se não houver um olhar que transforme-as em propósitos estratégicos. Um estudo realizado pela Forrester Consulting mostrou que, apesar de a maioria das empresas achar que está vivenciando uma cultura movida pelos dados, a realidade é bem diferente.
"São poucas as empresas que conseguem tratar dados de forma adequada e extrair insights. Há alguns paradoxos que ficam explícitos com esse estudo: empresas acreditam que são direcionadas por dados, quando a maioria não os trata como ativo essencial. Outra contradição exposta é a de que as companhias afirmam que precisam coletar mais dados, mas na verdade não dão conta de lidar com os que já têm. É preciso focar em uma transição eficaz para incorporar esse modelo nas organizações”, diz Wellington Morais de Almeida, gerente de operações da Envolti, empresa especializada em soluções de TI tailor-made.
Apesar da falta de maturidade para análise de dados em muitos negócios, um estudo da IDCC mostrou que as empresas brasileiras estão entre as que mais investem em recursos de dados. Então o cenário é promissor, até porque organizações que investem em inteligência de dados podem ter um crescimento de mais de 50% na receita, em comparação com as que ainda não adotaram perspectivas data-driven na condução de seus negócios, segundo pesquisa da TNS Researchers.
“Para a construção de uma cultura orientada por dados, é necessário desenhar estratégias que de fato extraiam valor e insights do fluxo de informações sendo geradas todos os dias. Na interpretação do que a tecnologia é capaz de proporcionar à empresa é que a inteligência analítica se manifesta como alternativa extremamente positiva”, diz Wellington. O investimento em tecnologias de análise de dados é capaz de criar diferentes cenários - descritivos, preditivos, prescritivos - apoiando o gestor na tomada de decisões estratégicas.
Multidisciplinaridade é essencial para uma gestão data driven
O trabalho orientado por dados é um modo de enxergar o mundo e deve ser uma cultura implantada dentro da empresa, seguida por colaboradores e gestores, chegando até o cliente. “A gestão dentro da empresa deve ser voltada para a análise de dados, e é importante pôr em prática projetos de tecnologia que levem em consideração cada detalhe e particularidade do negócio. Para que seja possível, é essencial desenvolver soluções de integração e análise de dados compatíveis com a realidade da empresa,contando com o apoio de profissionais qualificados e multidisciplinares”, afirma o especialista da Envolti.
Ele destaca ainda que a contratação de um equipe com profissionais especializados em soluções feitas sob medida é o movimento mais assertivo: “Com os dados coletados é possível gerar insights como saber quem é o cliente, onde e quando ele vende mais, transformando essas informações em geração de receita, que é o que a empresa quer. Com uma solução tailor-made o cliente tem a possibilidade de analisar todos os dados convenientes a ele”, conclui Almeida.
