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O poder de influência que os criadores de conteúdo digital têm sobre a decisão de compra do brasileiro é bastante expressivo. Um estudo divulgado pela plataforma CupomValido.com.br, com dados da Statista e da HootSuite, mostrou que o Brasil é o país em que as pessoas mais são influenciadas por personalidades da internet na hora de consumir produtos e serviços. Cerca de 43% da população já adquiriu algo indicado por influencers, nos canais digitais. Nesse ranking, o segundo lugar fica com a China (34%), seguida da Índia (33%), Itália (21%) e Coréia do Sul (20%).

O estudo mostra, também, que cerca de 70% da população faz uso das redes sociais no Brasil.  O tempo médio gasto na internet é de pouco mais de 10 horas por dia, três apenas nas redes sociais - o que coloca o país em terceiro da lista dos que mais as utilizam, depois da Filipinas e Colômbia. É o segundo maior usuário do WhatsApp, o terceiro do Instagram e o quarto do Facebook.

“Com o uso da internet e das redes sociais sendo cada vez mais uma necessidade do mundo moderno, as plataformas digitais se consolidaram como canais de publicidade e os influenciadores, com seus milhões de seguidores nas redes, se tornaram peças importantes nas estratégias de marketing das marcas”, pontua o gerente de Estratégia de Comunicação e Marca da Agência Seven Comunicação Total, Mateus Tamborlin.

Ele comenta, ainda, que os consumidores tendem a confiar mais em produtos recomendados por outras pessoas, do que o que é comunicado pelas próprias marcas. Um ponto positivo para os influenciadores, que conseguem entregar 11 vezes mais retorno do que propagandas em mídias tradicionais, conforme revelou um estudo do instituto de pesquisa Nielsen. “Fatores que mostram porque o marketing de influência se tornou uma das apostas de muitas marcas, para aumentar sua presença digital e atingir mais consumidores”, destaca Tamborlim.

Marcas devem estar atentas às oportunidades e trabalhar com estratégia

A sensação de proximidade que o influenciador gera em seus seguidores faz com que a audiência veja nessas personalidades alguém parecido com ela. É certo que a parceria com os influencers é um ganho para as empresas. Mas, conforme destaca o gerente de Estratégia de Comunicação e Marca da Seven, é importante estudar bem as opções. Ele cita alguns cuidados na hora de desenvolver estratégias com influenciadores:

• Escolher quem está atrelado à marca por identificação: “É preciso selecionar perfis que tenham proximidade com os valores da marca. Assim como os influenciadores, principalmente os mais consolidados, buscam trabalhar com marcas que conversem com as causas defendidas por eles, as empresas também têm que se atentar para a escolha da imagem que vai apresentar e oferecer o seu produto ou serviço”, diz o especialista.
  
  
• Seu público-alvo está nas redes sociais? Outro ponto a se levar em consideração é se o público do influencer é o mesmo que a campanha quer atingir, o que inclui os canais utilizados por ele para chegar aos seus seguidores. 
  
  
• - Microinfluenciadores: aquelas personalidades locais, com menos de 30 mil seguidores, podem ser super eficientes em campanhas de comunicação, porque possuem grande proximidade com os seguidores. “Os chamados microinfluenciadores podem ser o melhor canal da sua campanha, dependendo do seu objetivo. É preciso considerar além dos números, avaliando o engajamento e a efetividade da comunicação do influencer”, reforça Mateus.
  
  
• Esteja atento à linguagem: por fim, o especialista da Seven destaca que é essencial manter o alinhamento da linguagem de comunicação da marca, escolhendo parceiros que também falem com o público de uma maneira similar. Assim, o discurso ganha mais transparência e soa mais espontâneo, questões ideais para convencer e impactar o público-alvo.