Encadeamento Produtivo Marisa e Sebrae é lançado em Blumenau
Iniciativa do Sebrae nacional faz parte do programa Conexões Corporativas, que busca a perenidade de grandes corporações a partir da capacitação da cadeia produtiva. O segmento têxtil é um dos atendidos pelo projeto e, no case da Marisa, vai atender 50 micro e pequenas empresas nos estados de Pernambuco, Ceará e Santa Catarina. Dessas, 30 são da região Sul - a maior parte no Vale do Itajaí
O projeto Encadeamento Produtivo do Sebrae atende em todo o território nacional 24 segmentos diferentes e tem por objetivo fortalecer a parceria entre grandes empresas e seus fornecedores a partir da capacitação da base da sua cadeia produtiva. Assim, o programa oferece subsídios para que micro e pequenas empresas recebam orientações e consultorias nas áreas de gestão, produtividade, inovação e sustentabilidade, tornando-se mais preparadas para atender às demandas das grandes corporações.
O setor têxtil é um dos contemplados no projeto e recebeu um novo parceiro: são as Lojas Marisa, que iniciou o andamento das ações e vai contemplar micro e pequenas empresas dos estados de Pernambuco, Ceará e Santa Catarina. O lançamento do Encadeamento Produtivo Marisa e Sebrae ocorreu em Blumenau (SC), na terça-feira (27).
“É uma oportunidade de fortalecer seu posicionamento na cadeia, de ampliar sua rede de relacionamento com outros fornecedores para que juntos se tornem parceiros e apoiadores e é uma importante ferramenta para a grande empresa construir uma cadeia produtiva forte, engajada, baseada em dados e muito mais competitiva”, afirma Anny Pricyla dos Santos, gestora nacional do Programa Encadeamento Produtivo.
Durante 18 meses, 50 empresas que integram a base da cadeia produtiva das Lojas Marisa terão a oportunidade de aperfeiçoar suas práticas cotidianas em vários níveis, através de cursos, eventos, rodas de conversas, palestras, conteúdos virtuais, análises dos negócios e diagnósticos empresariais. Dessas, 30 micro e pequenas empresas são do Sul, mais especificamente da região do Vale do Itajaí. “O estado de Santa Catarina apresenta uma grande vocação econômica para o setor têxtil e uma a cada três pequenas empresas da Indústria da Moda catarinense se concentra no Vale do Itajaí. Na região, lançamos o primeiro projeto de Encadeamento Produtivo dentro da cadeia nacional têxtil e a ampliação de atendimentos nessas iniciativas tem contribuído para aumentar a competitividades dos negócios do setor, promovendo o fortalecimento da cadeia produtiva e desenvolvimento regional”, afirma Andrissa Righi Seixas, gestora estadual do projeto.
O Encadeamento Produtivo tem uma base ESG e busca empregar a sustentabilidade em um nível sistêmico, com ações nos âmbitos social, econômico e cultural. No caso da Marisa, o ineditismo ficou por conta do tema empoderamento feminino, que ganhou destaque no cronograma. Para Anny, a temática eleva o programa para um patamar além do objetivo de eficiência: agrega-se a visão de mudança de comportamento e de cultura.
“A mulher tem um papel muito significativo dentro da cadeia produtiva, 75% da mão-de-obra do segmento é feminina. No entanto, essa força ainda está alocada em ofícios de baixa profissionalização, de baixo poder aquisitivo. Então o programa tem uma carga propulsora muito grande nesse sentido: não só de valorizar a figura feminina, mas também de oportunizar governança e políticas mais eficazes e mais justas que impactem toda a cadeia que tem na mulher a sua base”, explica.
Segundo Mariana Fernandez, gerente divisional de Global Sourcing da Marisa, a parceria com o Sebrae na capacitação de fornecedores da cadeia chancela o planejamento sustentável da corporação. “É um projeto que está dentro da estratégia de sustentabilidade dentro do pilar de compras responsáveis, uma ação interna que garante que tenhamos fornecedores que não só cumpram a legislação vigente, mas que também tenham cada vez mais incorporação de boas práticas nas suas produções e cresçam economicamente gerando mais empregos. Para nós, é muito importante oferecer uma base sólida para esses profissionais e puxá-los para perto de nós e do nosso negócio”, afirma.
