Água na medida certa e alguns alimentos ajudam a manter a hidratação adequada do corpo nos dias de calor intenso
Nutricionista Jaciara Petry, da Clínica Colman, dá dicas de como cuidar da saúde nos períodos em que as condições climáticas aumentam a desidratação e alerta que alguns grupos são mais vulneráveis
O inverno se despede com temperaturas extremamente altas para a época do ano em todo o Brasil. Na última semana da estação, uma onda de calor deixou os termômetros próximos dos 40ºC em várias regiões, acendendo o alerta para os meses seguintes. Com o calor, alguns sintomas relacionados à desidratação, como dor de cabeça, indisposição, tonturas e queda de pressão são mais frequentes, principalmente para alguns grupos como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas.
Para enfrentar essas condições climáticas adversas, o cuidado com a hidratação torna-se uma prioridade, conforme ressalta a nutricionista Jaciara Petry, da Clínica Colman, em Blumenau (SC). Ela enfatiza que o consumo adequado de água é essencial em todos os dias, mas torna-se ainda mais crucial durante os períodos de calor intenso.
“Não precisa esperar sentir sede para beber água, até porque quando isso acontece é porque o corpo já está reclamando a falta. Então, o correto é ir consumindo aos poucos e tornar isso um hábito. Para saber o mínimo a ser consumido diariamente, basta multiplicar o peso por 36 - ou seja, uma pessoa que pesa 70 quilos precisa consumir pelo menos 2,5 litros ”, explica a nutricionista.
Jaciara também destaca a importância de uma alimentação adequada e recomenda o consumo de frutas - como melancia, morango e laranja -, verduras e vegetais - como pepino e abobrinha, pois esses alimentos naturalmente contêm uma quantidade significativa de líquidos. Além disso, aconselha evitar comidas de digestão mais lenta, como frituras, carnes gordas e comidas picantes.
Cuidados extras
Algumas pessoas são mais suscetíveis aos efeitos do calor extremo e requerem atenção especial, como os idosos, crianças e indivíduos com doenças crônicas, incluindo diabetes, hipertensão, doenças respiratórias e cardíacas. Também é importante lembrar daqueles que estão mais expostos ao clima, como trabalhadores em ambientes externos e pessoas em situação de rua, que não têm acesso a abrigo.
A prática de atividade física em clima quente também exige uma reposição mais intensa de líquidos e minerais no organismo. “Quando o corpo se exercita sob altas temperaturas, ocorre uma transpiração mais intensa para regular a temperatura interna, resultando em uma perda significativa de líquidos e eletrólitos, como sódio, potássio e magnésio. Isso pode levar a cãibras musculares, insolação e exaustão pelo calor”, alerta a nutricionista.
Para suprir tais perdas, ela recomenda comidas ricas em minerais, como frutas e verduras diversas. Outra opção bastante simples é fazer uma mistura de água com sal integral não refinado ou recorrer à suplementação, indicada por um especialista.
