Inchaço pós-operatório: um desafio comum no processo de recuperação
Cirurgião plástico, Dr. Samuel Colman, explica como ter um processo de desinchar natural melhor após uma cirurgia
O inchaço pós-operatório é um fenômeno comum enfrentado por pacientes após passarem por cirurgias. Esse desconforto, também conhecido como edema, é uma resposta natural do organismo à agressão causada durante o procedimento cirúrgico e pode afetar diferentes partes do corpo, dependendo do tipo de intervenção realizada. Segundo o médico cirurgião plástico, Samuel Colman, todo processo cirúrgico é por si só inflamatório.
“O organismo passa por um processo inflamatório para se regenerar, é um equilíbrio do corpo. Por isso, em todo pós-operatório se tem um processo inflamatório agudo, para que haja a regeneração celular”, comenta o médico, que atua na área de cirurgia plástica há mais de duas décadas.
Os locais mais comuns de inchaço pós-operatório incluem áreas como rosto, mãos, pés e abdômen, dependendo da natureza da intervenção cirúrgica. Por exemplo, pacientes que se submetem a cirurgias faciais podem apresentar edema no rosto e ao redor dos olhos, enquanto aqueles que passam por cirurgias abdominais podem experimentar inchaço na região do abdômen. “Muitas vezes não ocorre apenas na área operada, mas em outras partes do corpo e até no corpo inteiro, o que vai depender do tamanho da cirurgia e do tipo de metabolismo do paciente”, afirma Colman.
O cirurgião plástico destaca ainda que doenças pré-existentes como diabetes, hipertensão, problemas de tireoide ou até metabolismo lento, aumentam a dificuldade de metabolização e do equilíbrio do processo inflamatório.
Embora o inchaço seja esperado após uma cirurgia, ele pode causar desconforto e limitar a mobilidade do paciente. Portanto, é essencial que medidas sejam tomadas para controlá-lo. Os médicos costumam prescrever medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos para ajudar a reduzir o inchaço e aliviar o desconforto. Além disso, seguir uma dieta balanceada e outras orientações pode ajudar a reduzir a retenção de líquidos e o inchaço.
“Existem algumas coisas que são muito importantes no nosso processo natural de desinchar: a alimentação, a drenagem e a movimentação. No que se refere a alimentação, ingerir a quantidade de água adequada e evitar alimentos inflamatórios ajuda a limpar o organismo. Depois vem a drenagem pós-operatória, importante para desobstruir as principais redes linfáticas, o que ajuda a desintoxicar e desinchar e cada cirurgião vai ter uma indicação de quando iniciar essa drenagem para cada tipo de cirurgia. Por terceiro, a movimentação - todo paciente precisa de um pouco de movimentação, para melhorar a parte circulatória, e, não só para que ele não tenha trombose embolia, mas para que ele comece a circular tudo o que tem bom e comece a regenerar”, explica o médico cirurgião.
Dr. Samuel destaca, ainda, que é importante que os pacientes sigam rigorosamente as orientações médicas em relação ao uso de medicamentos e terapias complementares para garantir uma recuperação adequada. “É fundamental ressaltar que cada paciente é único e pode apresentar diferentes graus de inchaço pós-operatório. Portanto, é imprescindível que o acompanhamento médico seja realizado de forma adequada, a fim de monitorar o progresso da recuperação e realizar ajustes no tratamento, se necessário”, finaliza Colman.
