15/12/2025

Indústria 4.0: como a tecnologia reforça a segurança alimentar

A automação na indústria alimentícia minimiza riscos de contaminação, melhora padrões de qualidade e assegura a conformidade com normas de segurança 

A consolidação da Indústria 4.0 vem transformando os processos produtivos em diferentes segmentos, impulsionando a automação, a conectividade e o uso de dados para tomada de decisão. No setor de alimentos, esse avanço tem desempenhado um importante papel ao reduzir riscos de contaminação alimentar, além de elevar a rastreabilidade e consequentemente fortalecer a confiança do consumidor.

Contaminações físicas, adulterações e falhas de controle de qualidade continuam entre os principais fatores que podem levar a recalls, perdas financeiras e danos reputacionais. Para mitigar esses riscos, soluções de inspeção e padronização vêm ganhando espaço dentro das fábricas.

Entre as tecnologias utilizadas estão detectores de metais, que atuam como primeira barreira contra contaminantes físicos, e selecionadoras ópticas, que utilizam câmeras e inteligência artificial para identificar variações e avarias no produto analisado.

Empresas especializadas em automação industrial, como a Selgron, de Blumenau (SC), acompanham essa evolução. Seus engenheiros explicam que sistemas de inspeção e classificação têm permitido às indústrias ampliar o controle sobre o fluxo produtivo. “A automação contribui para identificar erros e melhorar a qualidade dos produtos antes que cheguem ao consumidor, como ocorre com o uso de selecionadoras e detectores de metais”, destaca Eduardo Arndt, gerente de engenharia de desenvolvimento da companhia.

Com o incentivo crescente por transparência, qualidade e responsabilidade no setor de alimentos, a tecnologia da Indústria 4.0 é cada vez mais indispensável para tornar os processos mais seguros e eficientes. Além da inspeção, soluções automatizadas de empacotamento, encaixotamento e dosagem, por exemplo, contribuem para reduzir o contato humano, padronizar lotes e minimizar inconsistências, ampliando o controle sobre toda a cadeia produtiva.

Para garantir conformidade e competitividade, as indústrias também buscam seguir normas e certificações reconhecidas internacionalmente, como a ISO 22000, que estabelece um sistema de gestão da segurança alimentar; a Global Food Safety Initiative (GFSI), que reúne padrões de boas práticas adotados por fabricantes globais; e as Boas Práticas de Fabricação (BPF). Dessa forma, a combinação de tecnologia avançada e boas práticas regulatórias permite que o setor de alimentos reduza riscos, eleve a qualidade e fortaleça a confiança do consumidor.


Legenda: Detector de metais desenvolvido pela Selgron
Créditos: Divulgação/Selgron
Legenda: Uma das selecionadoras ópticas oferecidas pela Selgron é o modelo de TNSII, que realiza a seleção de maneira vertical
Créditos: