Infraestrutura de tecnologia e o novo normal: desafios para manutenção da operação
Por Jean Jader Martins, diretor da Global Gate DC
A evolução do mercado de trabalho, impulsionada pela instabilidade de um ano regido pela pandemia, evidenciou mudanças que vão além do formato de atuação. Profissionais alocados nas próprias residências, e o crescimento exponencial da necessidade de acesso remoto à soluções de gestão das empresas fizeram muitos gestores se perguntarem: afinal, como manter a infraestrutura de tecnologia em um processo tão instável para o mercado de trabalho e com tantas necessidades urgentes como o que estamos vivendo?
A área de TI é, afinal, a grande responsável por operacionalizar a rotina de trabalho. Sem a devida estabilidade e segurança, qualquer negócio está fadado ao fracasso, ou mesmo à desconfiança do mercado. E é visível que até mesmo grandes companhias sofrem por conta da vulnerabilidade apresentada em suas infraestruturas de TI. Em 2020, segundo levantamento da Psafe, mais de 5 bilhões de e-mails e senhas foram vazados na Internet em todo o mundo.
Em um ano que vivenciamos, finalmente, a consolidação da Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil, o cenário deveria ser de segurança redobrada. Mas, afinal, por que ainda existe tanta insegurança no segmento tecnológico?
Uma das grandes questões está relacionada ao tipo de infraestrutura escolhida pelas empresas para alocar seus sistemas de gestão. Muitos negócios têm a ideia equivocada de que uma estrutura particular é a melhor saída para se evitar vazamento de dados ou danos aos sistemas. O resultado? Em 2020, profissionais alocados em casa precisaram redobrar cuidados e conduzir jornadas incertas para manter estas estruturas.
E diversas empresas não estavam preparadas para o trabalho remoto, deixando nesta abertura de acesso fora da empresa, suas informações desprotegidas. Agora, com o fim de ano e as férias, mais um desafio surge: profissionais intercalam plantões desnecessários e com custo alto apenas para que a empresa siga com a ideia errada de que investir na própria estrutura de armazenagem de dados é mais seguro.
Enquanto isso, negócios inovadores e preparados para a retomada, contam com o apoio de infraestruturas terceirizadas e certificadas para proteger seus dados. E focam seus esforços no core do negócio, podendo concentrar esforços em diferenciais para o crescimento dos negócios.
Outro desafio que precisa ser superado é o da escolha equivocada do fornecedor de TI. As certificações internacionais que validam as estruturas de processamento e armazenagem de dados trazem uma lista confiável de empresas de fato preparadas para oferecer estabilidade e segurança. Diante da LGPD, nada mais importante do que levar esse tipo de reconhecimento em consideração.
Nestas últimas semanas de 2020, quando o esforço da alta gestão se volta para o planejamento e reforço dos negócios, a TI não pode ficar em segundo plano. É necessário avaliar a cibersegurança e as boas práticas de gestão, acesso e troca de informações.
Fornecedores de confiança que desafoguem a rotina da equipe interna não garantem apenas alta qualidade, mas também a oportunidade de crescimento sustentável das operações, sem que os custos extrapolem a programação financeira. E, por fim, a terceirização da armazenagem de dados, quando bem realizada, permite à empresa reduzir jornadas de trabalho que demandam alto investimento em época de feriados e férias. É uma conta simples: segurança + investimento correto = foco no crescimento e na atuação eficiente dos times internos.
Jean Jader Martins é diretor da Global Gade DC, empresa do Grupo Bludata, especializada em soluções de segurança de dados em Cloud Computing e primeira marca catarinense com uma data center com certificação Tier III do Uptime Institute.