21/06/2022

"Inovar não é ser criativo, mas sustentar a competitividade dos negócios", destaca especialista da FDC

O professor Flávio Richieri, da Fundação Dom Cabral, representada em Santa Catarina pela Fritz Müller, destacou o papel da inovação nas organizações e o impacto nos negócios, no Innovation Experience. Evento aconteceu em Joinville, nesta terça-feira (21), e contou ainda com apresentação do case de sucesso da fintech Transfeera

Inovação sempre foi fundamental por estar na base da estratégia das empresas, mas hoje é fator crítico. Esta foi uma das afirmações que o professor Flávio Richieri, da Fundação Dom Cabral, representada em Santa Catarina pela Fritz Müller, trouxe para o Innovation Experience, evento que aconteceu nesta terça-feira (21) no Ágora Tech Park, em Joinville. O especialista, que é conselheiro empresarial, reforçou para os participantes uma provocação sobre a representação da inovação das empresas, que “vai muito além de puffs e post-its".

Para o professor, ser inovador não é, necessariamente, ter criatividade. “Se eu não tenho capacidade de tangibilizar minhas ideias para gerar valor a um negócio, não estou inovando. Posso ser criativo, mas não inovador”, provoca.

Mas por que é tão difícil inovar?

Nem sempre há clareza nas empresas sobre o que a inovação representa para os negócios. Ela não é um fim, mas um meio para sustentar a vantagem competitiva nas organizações. Medo, falta de clareza, falta de otimização e eficiência são, para Flávio, os principais fatores que impedem a inovação.

“Todo ciclo tecnológico, em algum momento, acaba. Aí é preciso criar um novo ciclo e nem sempre os negócios têm essa visão. É aí que elas entram no que chamo de vale da morte. A empresa encerra um ciclo inovador e não consegue mais entrar em outro”, reforça.

Para não cair neste processo, Flávio indica que é necessário criar um colchão de liquidez no período de auge dos resultados decorrentes da inovação, para garantir novos investimentos no início do próximo ciclo: “A maioria dos negócios morre porque não faz isso – o fim do trimestre é mais importante que o fim do mundo. Ou seja: não tem caixa para o longo prazo nem terá suporte financeiro para investir em novas ideias”.

Inovação na prática – o case da Transfeera

A fintech joinvilense Transfeera foi o case de sucesso do Innovation Experience. Fernando Nunes, co-funder da empresa, destacou a trajetória do negócio, que surgiu com o objetivo de transformar o mercado financeiro, potencializando as transferências financeiras com custos reduzidos. “Ser startup é a união de pessoas que não sabe bem como, mas quer desenvolver um negócio repetível e escalável. Foi assim que a Transfeera surgiu, dentro de um dos ambientes mais regulados do mundo, que é o mercado financeiro brasileiro”, revelou.

A Transfeera tem 14 anos de história e já soma mais de R$ 14 bilhões movimentados nas contas de seus clientes. Já validou mais de 32 milhões de contas bancárias através de prevenção e predição de erros.

Evento abre oportunidade para pós-graduação da FDC

O Innovation Experience, que visa potencializar discussões sobre inovação nas empresas, também apresentou a pós-graduação em Gestão de Negócios, que inicia em Joinville nos próximos dias. Ainda há vagas para o curso e Raquel Schürmann, gerente executiva da Fritz Müller, destaca as vantagens da oportunidade. “Assim como este evento, a pós é uma oportunidade de discutir com grandes especialistas as possibilidades de transformar realidades empresariais, ação tão necessária neste ambiente de inovação constante que vivemos”, salienta.

Para saber mais, acesse www.fundacaofritzmuller.com.br.


Legenda: Flávio Richieri, professor da FDC, que falou sobre inovação como ferramenta de gestão.
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Legenda: Fernando Nunes, co-funder da fintech Transfeera
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Legenda: Raquel Schürmann, gerente executiva da Fritz Müller.
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