KPIs industriais: por que sua empresa precisa acompanhar esses 5 indicadores de desempenho
Especialista do MentorWeb explica como a gestão eficiente de indicadores pode reduzir custos, aumentar a produtividade e garantir qualidade na produção
Em um cenário industrial cada vez mais pressionado por eficiência, qualidade e controle de custos, acompanhar dados em tempo real e tomar decisões com base em indicadores confiáveis deixou de ser uma escolha, é uma exigência competitiva. É nesse contexto que os KPIs (Key Performance Indicators, ou Indicadores-Chave de Desempenho) ganham protagonismo. Mais do que números isolados, eles funcionam como bússolas da operação industrial: revelam gargalos, sinalizam desvios e orientam ajustes antes que problemas comprometam os resultados.
Na avaliação de especialistas da área, os KPIs fornecem uma visão clara sobre o que está funcionando e o que precisa ser ajustado dentro das fábricas. Eles são aliados na busca por maior eficiência, menor desperdício e melhor qualidade. “Os indicadores mostram o que está funcionando e o que precisa de correção. Eles são aliados na busca por eficiência, redução de perdas e aumento da qualidade”, explica Rodrigo Müller, do MentorWeb, plataforma de gestão de indicadores do Grupo Sancon, de Santa Catarina.
Entre os KPIs mais relevantes para a indústria, cinco se destacam por seu impacto direto no desempenho da performance operacional:
- Produtividade
- O que mede: a relação entre o volume produzido e os recursos utilizados (tempo, pessoas ou máquinas). Pode ser expressa, por exemplo, como peças produzidas por hora ou por colaborador.
- Por que importa: é o indicador mais direto da eficiência operacional. Quedas na produtividade podem apontar para ociosidade, processos ineficientes ou alocação inadequada de recursos, tudo isso afeta o custo unitário e a competitividade.
- Exemplo: uma fábrica com 50 funcionários produz 500 peças por dia, média de dez peças por colaborador. Se esse número cai para sete, há um sinal claro de que algo está limitando o desempenho da equipe ou do processo.
- Tempo de ciclo
- O que mede: o tempo médio necessário para produzir uma unidade do início ao fim, incluindo todas as etapas do processo produtivo.
- Por que importa: ciclos longos reduzem a capacidade produtiva da operação, aumentam o lead time e dificultam o cumprimento de prazos. Otimizá-lo significa produzir mais com a mesma estrutura.
- Exemplo: se a meta é produzir uma peça em 4 horas, mas o tempo atual é de 5 horas, é sinal de gargalo. Automatização ou revisão de fluxos pode reduzir esse tempo e liberar capacidade.
- Custo de produção
- O que mede: o custo total para produzir uma unidade, considerando matéria-prima, mão de obra, energia, manutenção e perdas.
- Por que importa: controlar esse KPI é essencial para garantir margem e manter preços competitivos. Variações inesperadas podem indicar falhas de planejamento, desperdícios ou baixa eficiência operacional.
- Exemplo: se o custo por peça sobe 10% em um trimestre, pode haver problemas no controle de insumos, na gestão de fornecedores ou na eficiência energética da planta.
- Qualidade do produto
- O que mede: a taxa de conformidade dos produtos em relação aos padrões estabelecidos, geralmente medida pela taxa de defeitos, devoluções ou rejeição em inspeções.
- Por que importa: baixa qualidade impacta a reputação da marca, gera custos com retrabalho, assistência técnica ou devoluções e reduz a confiança do cliente.
- Exemplo: se 3% dos produtos são devolvidos por falhas, isso sinaliza a necessidade de revisar controles de qualidade, processos críticos ou o treinamento da equipe.
- Taxa de retrabalho
- O que mede: a porcentagem da produção que precisou ser refeita ou corrigida após falhar no controle de qualidade inicial.
- Por que importante: retrabalho consome tempo, energia, insumos e capacidade produtiva, tudo sem gerar nova receita. Altas taxas afetam diretamente a produtividade e a lucratividade.
- Exemplo: se 8% da produção exige correções, significa que quase 1 em cada 12 itens está sendo produzido duas vezes. Isso distorce a produtividade real e eleva o custo por peça.
A tecnologia ajuda a acompanhar esses indicadores com precisão e em tempo real. Soluções como as oferecidas pelo MentorWeb possibilitam a coleta automática de dados, visualização em tempo real e emissão de alertas que ajudam os gestores a tomar decisões mais rápidas e baseadas em fatos. Isso dá agilidade à tomada de decisão e permite a correção de desvios antes que causem grandes prejuízos.
“Um KPI não é só um número. Ele precisa ser contextualizado e analisado de forma integrada com outros dados. É isso que permite transformar informação em ação concreta dentro da indústria”, reforça o especialista do MentorWeb.
Indústrias que não acompanham seus principais KPIs operam no escuro. O controle eficiente desses indicadores permite otimizar processos, reduzir desperdícios, qualificar entregas e melhorar os resultados, pilares fundamentais para a competitividade e sustentabilidade industrial.