Lugar de mulher também é na construção civil
Samara Noronha, 24 anos, é uma das responsáveis pelo controle de qualidade dos produtos da Max Mohr: "Façam sem pensar no que vão dizer, e se disserem, tornem isso algo construtivo"
Apesar de avanços recentes, a construção civil segue sendo uma área predominantemente masculina. Dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), mostram que as mulheres representam 19,95% do total de profissionais ativos cadastrados. Portanto, seguir por esse caminho enquanto mulher pode significar uma jornada desafiadora, em que é necessário abrir muitas portas sozinha.
Para Samara Noronha, 24 anos, que faz parte do conceituado corpo técnico de engenheiros responsáveis pelo controle de qualidade na Max Mohr, empresa especializada em argamassa e concreto, transpor barreiras e vencer adversidades é parte central daquilo que é ser mulher.
“Ser mulher é passar por tantos obstáculos e no final quebrar paradigmas de que não somos capazes. É ir à luta sem pensar nos julgamentos ou nas dificuldades”, avalia.
Ela atua há um ano e dois meses como analista de controle de qualidade da filial de Blumenau (SC). A função exige que sejam feitas análises complexas, com aplicação de testes e registro de resultados para garantir a qualidade dos produtos. A profissional explica que a execução vai muito além do trabalho braçal.
“Minha rotina está voltada para o centro de desenvolvimento e pesquisa, contribuindo na inovação e melhoria dos nossos produtos. Nesta ocupação, o trabalho braçal é necessário, mas o olhar crítico e a sagacidade são dois fatores significativos e indispensáveis”, explica.
Segundo o IBGE, apesar de mais instruídas, as mulheres ocupavam apenas 37,4% dos cargos de gestão e recebiam 77,7% do pagamento dos homens em 2019, no Brasil. Esses dados trazem à tona a desigualdade de gênero e acendem o alerta para a importância das empresas abrirem espaços para elas.
Neste Dia da Mulher, a profissional aconselha as mulheres que sonham com uma profissão que não costuma ser idealizada para o sexo feminino a fazerem o que amam, assim como ela faz.
“Faça sem pensar no que vão dizer, e se disserem, torne isso algo construtivo. Mostre que não é porque você é mulher que não é capaz dos mesmos serviços que um homem poderia fazer. Vá lá e faça melhor. Se vista de foco e otimismo, e não esqueça de sempre ter um diferencial para alcançar aquilo que almeja”, finaliza.
Cristian Mohr, CEO da Max Mohr, destaca que a empresa está comprometida em criar um ambiente onde todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas.
"Na Max Mohr, valorizamos e incentivamos a contratação de mulheres em todos os níveis da empresa, pois entendemos que a perspectiva delas e o cuidado com os detalhes são essenciais para impulsionar nossos negócios", comenta.
Atualmente a Max Mohr conta com mais de 370 colaboradores e 12 unidades espalhadas entre Santa Catarina e Paraná. A empresa, que se tornou referência em soluções de concreto e argamassa para a construção civil na região, possui mais de 50 anos de história de tradição e inovação.