Mais agilidade para a inovação: impactos do novo Guia PDI para o setor de energia
Com a nova Resolução Normativa nº 1.074/2023 publicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em setembro do ano passado, mudanças na implementação do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação devem aprimorar a eficiência no segmento. Especialistas da Berkan detalham expectativas para estes projetos.
Essenciais para estimularem o desenvolvimento e a inovação do setor de energia no país, os Procedimentos do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PROPDI) são regulamentados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e passaram por recentes mudanças. A Resolução Normativa nº 1.074/2023 alterou classificações, deixou mais claro quais iniciativas não se encaixam em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI), além de passar a avaliar os projetos como um todo, de acordo com certos resultados-chave.
As mudanças, segundo a ANEEL, visam dar mais celeridade à inovação do setor. É o que acreditam também os especialistas da Berkan, referência em consultoria e auditoria para o mercado de utilities. “O PDI é um caminho essencial não só para a geração de empregos, mas para acelerar a competitividade, trazer inovação e ampliar as boas práticas do setor. Com o novo Guia PDI, as empresas poderão submeter projetos estruturados já com base em diversas orientações e facilitar suas respectivas aprovações e desenvolvimentos”, destaca Mauro André Weiss, consultor e sócio da Berkan.
Outra questão importante para o mercado, de acordo com Mauro, é que a nova resolução normativa torna os pontos relacionados aos projetos de PDI mais claros, proporcionando que haja mais iniciativas não apenas no campo da pesquisa, mas em projetos amplos e multidisciplinares. “É importante salientar que existem cuidados e boas práticas determinantes para o sucesso de um projeto de inovação no setor de energia e ele deve contar com uma visão estratégica. É preciso integrar as necessidades de negócios em curto e longo prazo para que haja sustentabilidade da iniciativa. O apoio de todas as áreas envolvidas bem como de uma visão multidisciplinar fazem a diferença para que haja sucesso no desenvolvimento”, avalia.
Movimentação do setor mostra potencial para investimentos
A captação de investimentos para garantir uma estrutura que atenda às necessidades do país em termos de energia é considerável. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o segmento vai demandar cerca de R$ 225 bilhões em novos investimentos entre 2024 e 2026. Energias renováveis e novos modelos de produção ganham destaque, bem como projetos de infraestrutura voltados à distribuição.
Para que sejam bem-sucedidos, o especialista da Berkan reforça que é essencial um planejamento estruturado e o controle de todas as etapas dos processos, especialmente em termos de PDI. “Etapas anteriores ou complementares aos projetos, como estudo de viabilidade ou aperfeiçoamento de softwares, muitas vezes são necessárias, embora não se encaixem em projetos de PDI. Ter o apoio especializado que proporcione um olhar global à iniciativa que se deseja implementar é o primeiro passo para o sucesso em longo prazo. Além disso, há diversos percentuais de recursos que variam conforme a estruturação do projeto, o que pode ser determinante para a sua execução. O momento é de oportunidades, e sem dúvidas vai destacar empresas que estiverem preparadas”, finaliza.