26/09/2022

Marvee, startup de solução financeira por assinatura, recebe aporte de R$ 1 milhão

Todo o processo de estruturação jurídica para viabilizar o recebimento do investimento foi conduzido pelo escritório de direito empresarial Flávio Pinheiro Neto Advogados. Jurista detalha cuidados para esse tipo de operação

Fundada em 2020 em Blumenau (SC), a startup  Marvee traz uma solução para gestão financeira e contábil de pequenos negócios, por assinatura. Na última semana a marca anunciou o recebimento de um aporte de capital de R$ 1 milhão. O investimento será direcionado para o desenvolvimento de novos produtos e o processo de consolidação do negócio e a negociação com investidores foram conduzidos pelo escritório de direito empresarial Flávio Pinheiro Neto Advogados.

Flávio Pinheiro Neto, jurista especializado em Fusões e Aquisições e Direito em Startups pelo Insper (SP), foi o legal advisory da operação, sendo o responsável por conduzir a questão jurídica do negócio. O relacionamento com a Marvee já ocorre desde o início da empresa, quando o escritório realizou a estruturação da empresa, acordos societários e demais instrumentos legais relacionados.

“Um aporte de investimento precisa ser bem estudado pela empresa e resguardar direitos e deveres de sócios e investidores. Trouxemos para a Marvee todo o amparo legal para que a negociação fosse realizada com vistas ao crescimento sustentável do negócio”, destaca Flávio.

O CEO e fundador da Marvee, Manoel Victor Tomaz, vê a consultoria jurídica como peça-chave na escalada da empresa. “Em 2021 recebemos nosso primeiro aporte e ao identificar que consolidamos nosso modelo de negócio entendemos que o momento exigia uma consultoria jurídica estruturada, para mantermos a confiabilidade dos processos e nos prepararmos para o próximo passo. Agora novamente contamos com este respaldo, essencial para o processo”, pontua.

Para especialista, estruturação jurídica deve evoluir no mercado de startups

A história de sucesso da Marvee, que envolve a validação do modelo de negócio, proteção de deveres e direitos de sócios e estruturação jurídica para a escalada, ainda é exceção para muitas startups, aponta Flávio.

Para o jurista, apresentar uma operação sustentável para recebimento de aporte começa pela estruturação. “Por mais que uma ideia ou produto sejam rentáveis, uma operação sem base jurídica pode comprometer a longevidade da empresa e, consequentemente, a busca de investimento. Por outro lado, é preciso definir claramente e com respaldo legal o papel do investidor e do sócio atuante no negócio, para que ambos possam ter harmonia e construir uma boa trajetória pós aporte”, analisa.

Ainda em relação a investimentos como o recebido pela Marvee, o processo envolve etapas como valuation (levantamento do quanto vale o negócio) e definição de valores para determinados fins. “Ainda na negociação muitas questões podem ser definidas e validadas, evitando divergências futuras. É fundamental que a startup tenha acompanhamento especializado para tornar o investimento um acerto e não mais um desafio para o negócio”, finaliza Flávio. 

 


Legenda: Marcus Vinícios de Carvalho Ribeiro, advogado; Manoel Victor Tomaz, CEO da Marvee; Rodolfo Bloemer, diretor comercial da Marvee; Flávio Pinheiro Neto, advogado
Créditos: Divulgação