20/04/2023

Medicina funcional melhora resultados de cirurgias plásticas. Saiba mais sobre a abordagem

Considerado o segundo país com o maior número de intervenções nesta área, o Brasil também é palco para condutas que consideram o paciente como um todo. O especialista Samuel Colman explica as vantagens do método

Somente em 2020, último ano de levantamento da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, o Brasil realizou mais de 1,3 milhão de intervenções do gênero, ficando atrás apenas para os EUA. Neste ano devemos ultrapassar mais de 2 milhões de procedimentos. Mais do que um fator estético, a plástica está ligada à autoestima e bem-estar, e o atendimento antes e depois da cirurgia têm grande peso no resultado e satisfação.

É o que aponta o cirurgião plástico Samuel Colman, que aposta na medicina funcional em sua clínica. “A medicina funcional traz uma abordagem que olha o paciente como um todo. Não é apenas o procedimento que se deseja fazer o foco da consulta médica, por exemplo. Investigamos seu histórico de saúde, seus hábitos alimentares, sua rotina, fatores internos e externos ao seu dia a dia que, de alguma forma, impactam na saúde. Isso porque aspectos não só físicos, mas emocionais, sociais, espirituais e ambientais têm grande importância no resultado de um procedimento e na consequente satisfação do paciente”, explica.

Na abordagem da medicina funcional, um dos fatores de maior destaque é justamente a anamnese, ou seja, a investigação da saúde de quem fará o procedimento. Para o Dr. Samuel, nem sempre o paciente está pronto para a cirurgia plástica em si, mas com alguns ajustes na sua saúde (considerando rotina e hábitos), terá resultados muito mais eficientes. “Atuamos, por exemplo, com a integração junto à nutrição. Um paciente com hábitos alimentares que comprometem sua saúde pode melhorar muitos aspectos fisiológicos se passar por uma mudança na rotina de alimentação, com uma dieta pensada para a sua realidade, bem como suplementações adequadas”, avalia.

A nutricionista da clínica Colman, Jaciara Petry, explica que este acompanhamento pré e pós-operatório para além do procedimento tem trazido diversos ganhos aos pacientes. “Muitos alimentos têm funções anti-inflamatórias e ajudam na cicatrização, por exemplo. Além disso, um paciente com algum distúrbio de saúde, como a pré-diabetes, pode ter mais dificuldade no pós-operatório. A medicina funcional analisa todos estes fatores e atua de forma preditiva e preventiva com impactos muito positivos”, diz.

Menos tempo de recuperação e mais satisfação com o procedimento

Fatores emocionais e espirituais também compõem a abordagem. Para os especialistas, eles contribuem, por exemplo, para orientação do paciente em pós-operatórios em que se precisa de auxílio. “Nem sempre o paciente sabe que precisará ser cuidado nos primeiros dias após a intervenção cirúrgica e é fundamental essa orientação. Também se estabelece na medicina funcional o respeito e a consideração pela jornada espiritual do paciente, que acaba tendo peso na sua recuperação. Olhamos para cada indivíduo de forma individual, analisando o todo e unindo as melhores técnicas com tecnologia”, destacam.

Entre os resultados que o método já trouxe, Dr. Samuel lista a rápida recuperação de pacientes, que em caso de cirurgias como abdominoplastia, em 15 dias já estão voltando às atividades do dia a dia. Resultados estéticos mais satisfatórios e uso reduzido de medicamento no pós-operatório também são registrados.

 


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