19/08/2025

Minha Casa, Minha Vida tem alta e construtoras precisam estar atentas ao pós-obra

No segundo trimestre do ano, os empreendimentos do programa de habitação social cresceram 28% em relação ao mesmo período do ano passado. Especialista aponta para importância do controle e eficiência nas obras de habitação popular para evitar custos extras após entrega

Os investimentos em habitação social seguem aquecidos no Brasil e os lançamentos imobiliários voltados ao programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) atingiram R$ 9,1 bilhões em valor geral de vendas (VGV) no segundo trimestre de 2025. O volume representa um crescimento de 28% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do semestre, o programa chegou a R$ 17,2 bilhões em VGV.

O cenário mostra uma oportunidade de crescimento para construtoras de todo o país que atuam neste modelo de empreendimentos. Mas junto com a expansão, vêm desafios importantes: com orçamento reduzido, a habitação popular exige controle ainda mais expressivo no quesito insumos, mão-de-obra e processos, segundo o engenheiro civil e fundador da FastBuilt, Jean Ferrari. “Neste tipo de projeto, cada detalhe importa, especialmente se considerarmos os custos de pós-obra, previstos nas garantias, como as manutenções. O orçamento é enxuto, os prazos são rígidos e as exigências legais precisam ser cumpridas com total transparência. Para que as construtoras tenham lucro ao atuarem no MCMV, elas precisam controlar todo o processo construtivo, avaliando no período de garantia a eficiência de insumos e mão-de-obra, para atuar proativamente na melhoria dos processos em novos projetos”, diz o executivo.

Neste contexto, a FastBuilt, plataforma digital de gestão de obras e pós-obra, quer se tornar uma aliada estratégica para as construtoras. A solução permite o controle rigoroso de todas as etapas da jornada do cliente, desde a gestão e registro das informações durante a obra e a entrega da unidade, até o fim do período de garantia — além de auxiliar na gestão de manutenções preventivas e corretivas. Atualmente, cerca de 17% da carteira de clientes da construtech é especializada no desenvolvimento de projetos para o Minha Casa, Minha Vida.

A BP8, construtora e incorporadora de São Paulo com mais de 12 anos de mercado e atuação na capital e em Osasco, foi uma das empresas que adotou a plataforma da FastBuilt. Com um dashboard que unifica o controle de chamados após a entrega dos imóveis, a construtora conseguiu melhorar processos e reduzir gargalos operacionais. Antes da tecnologia, o processo de atendimento inicial de um chamado levava cerca de dois dias, a partir da abertura do registro pelo cliente. Agora, o atendimento inicial ocorre em apenas 10 minutos, agilizando não só o relacionamento com o cliente, mas a organização das agendas de manutenções. 

“Conseguimos filtrar de forma eficiente os atendimentos que precisam ser feitos. Antes precisávamos solicitar informações para a nossa equipe e então registrar informações como materiais a serem usados em cada assistência. Hoje todos os dados para um atendimento são cadastrados direto dentro da plataforma, sem perda de informações ou demora. Para o cliente, há mais clareza e agilidade para resolução das suas demandas”, destaca o coordenador de qualidade da BP8, Lucas Yoshikazo Kyomen.

Além disso, para a vistoria no momento da entrega, há a possibilidade de agendamento em massa, liberando mais de 600 imóveis para que os clientes agendem as vistorias de entrega, sem precisar realizar o contato via ligação ou mensagem de forma manual.

 Eficiência que começa no canteiro e continua no pós-obra

Na prática, a FastBuilt digitaliza processos que historicamente eram conduzidos em planilhas e documentos físicos, permitindo a centralização das informações e o acompanhamento em tempo real do status de cada unidade entregue. A plataforma também gera relatórios e históricos técnicos que facilitam auditorias, além de contribuir com o cumprimento das normas da ABNT relacionadas ao desempenho das edificações e à responsabilidade pós-ocupação.

Em um segmento historicamente marcado por margens apertadas e prazos desafiadores, soluções como essa dão maior previsibilidade e rentabilidade aos projetos. “O pós-obra bem gerido evita desperdícios e melhora a experiência do cliente. Nossa missão é trazer essa realidade para mais empresas, independentemente do porte”, finaliza o CEO da FastBuilt.


Legenda: Jean Ferrari, CEO da FastBuilt
Créditos: Divulgação
Legenda: Minha Casa, Minha Vida tem alta e construtoras precisam estar atentas ao pós-obra
Créditos: Divulgação