O impacto da transformação digital na educação brasileira
*por Michel Weigmann, CEO da Edusoft
Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de 2019/2020 mostram que pelo menos 56 milhões de pessoas estão matriculadas em instituições de ensino básico e superior Brasil afora. É metade da população do país, um dos maiores do mundo em território, com mais de 212 milhões de habitantes.
A aceleração da transformação digital dos últimos anos e a digitalização da educação no país também vem causando uma metamorfose sem precedentes na forma como interagem as escolas/universidades, os alunos, seus pais e as empresas ligadas à educação. Realmente é um caminho sem volta.
Com a implantação do modelo híbrido no ambiente de trabalho, esta metodologia também passa a ser aplicada às escolas e universidades. A necessidade de isolamento social fez crescer o número de instituições de Ensino À Distância (EAD) e plataformas de cursos online.
Da mesma forma, certas burocracias exigidas pelas universidades também tiveram que ser modernizadas, acompanhando o mercado em geral e evitando a perda de estudantes para a concorrência. O diploma digital, por exemplo, que foi instituído em 2018, quando ainda nem sonhávamos que uma crise sanitária dessa magnitude poderia confinar milhões de brasileiros, é uma das implementações que passou a ser obrigatória para as instituições de ensino, prometendo agilidade, redução de custos e maior segurança para alunos e organizações.
Para otimizar os processos de inovação na educação brasileira como um todo, é necessário entender o impacto dessa transformação digital e suas mudanças no sistema de ensino. Se no passado, a tecnologia se referia ao uso de catracas eletrônicas, sites para consulta de notas ou laboratórios de informática, amanhã toda a instituição deverá estar interconectada, com objetivos e sistemas alinhados, trabalhando em conjunto. Gamificação, interface integrada entre secretaria e universo pedagógico, relacionamento entre famílias e escolas com conexão e formato omnichannel precisam estar em pauta quando se fala em evolução do ensino brasileiro.
As vantagens para a instituição de ensino incluem maior produtividade, geração de economia, qualidade na interação do ensino, aumento no número de matrículas e evolução em um mercado em plena transformação. Seja pela qualidade do conteúdo apresentado, pela consolidação de novos formatos de aulas ou mesmo pela modernização dos processos de gestão das escolas, a educação brasileira nunca mais será a mesma.