07/07/2022

Pedir comida online: crescente hábito do brasileiro impulsiona negócios digitais

No pós-pandemia, utilizar delivery de comida virou um hábito de 66% da população. Para especialistas em e-commerce, modelo pode ser aplicado em diferentes níveis. Marcas como Grande Adega, Queensberry e Concha Y Toro investem em projetos para potencializar presença digital

Se durante o isolamento pedir comida era a única opção para substituir a ida aos restaurantes e supermercados, no pós-pandemia esse se tornou um hábito recorrente do brasileiro. Um levantamento da agência Edelman, chamado Consumo Online Brasil, identificou que 66,1% da população tomou por costume pedir comida em casa, em 2021.

Para Ana Caroline Joska, especialista em e-commerce da consultoria Híbrido, que desenvolve soluções digitais em tecnologia, branding e performance para lojas virtuais, esse modelo de consumo deve crescer ainda mais nos próximos anos. “A facilidade de compra aliada a uma experiência positiva do usuário está impulsionando as vendas digitais. No caso do setor alimentício, houve um crescimento para além do delivery tradicional, já que muitas indústrias do segmento estão optando por criar um canal direto com o consumidor, visando a fidelização e a expansão da marca em um novo modelo de vendas, extremamente rentável”, comenta.

Entre os exemplos, Ana Caroline cita a Queensberry, companhia especializada em geleias que vem apostando nas vendas digitais. No primeiro semestre de 2022 a loja virtual da marca teve um crescimento de 199% nas visitas e um crescimento de 785% na receita do e-commerce com apoio da Híbrido. “Ao comprar pela primeira vez e ser impactado por uma boa experiência online, o consumidor tende a priorizar esse modelo de compra, por conta da facilidade e segurança que encontra no ambiente virtual”, destaca.

Outras marcas que vêm apostando no digital são as de bebida Grande Adega e Concha Y Toro. Ambas realizaram recentemente com a Híbrido projetos para impulsionar seus e-commerces. “Boas estratégias de compra foram impulsionadas pelos novos hábitos dos brasileiros – no caso  do vinho, pesquisas apontam que a base de consumo no Brasil cresceu em 17 milhões de pessoas na última década, o que fez com que as grandes marcas criassem novos canais para interagir com o consumidor, proporcionando uma experiência mais assertiva”, reforça.

Como potencializar as vendas online

A especialista da Híbrido destaca algumas das boas práticas que impulsionam os e-commerces e devem ser consideradas na hora de desenvolver um ambiente virtual para o setor de alimentação:

Gamificação: proporcionar uma boa experiência de compra através da gamificação, com programa de pontos e recompensas, por exemplo, é uma forma assertiva de engajar o consumidor.

Inclusão automatizada de dados: além de proteger as informações do usuário, manter salvo as preferências de consumo dele assim que faz o login também agiliza o processo de compra e proporciona uma experiência diferenciada.

Facilidade de navegação e inclusão: criar não só a plataforma de e-commerce, mas apps que facilitem a interação e agilizem a compra é um cuidado cada vez mais importante. Além disso, o e-commerce precisa ser intuitivo e de fácil navegação, além de conter recursos para a inclusão de pessoas com deficiência, o que amplia as oportunidades de venda.


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