Pesquisa aponta impacto bilionário da impressão digital no mercado têxtil até 2023
De acordo com estudo, o modelo deve movimentar mais de US$ 3 bilhões no mundo. Para especialista a solução é uma opção que apresenta melhoria na produtividade, liberdade criativa ao produtor e sustentabilidade para o setor
Setor em crescente expansão, a impressão digital têxtil tem sido uma saída frequente e vantajosa para a indústria de moda. Entre os benefícios destacam-se a redução de custos, aumento de escala produtiva e melhor aproveitamento de insumos. De acordo com a pesquisa O Futuro da Impressão Digital Têxtil, realizada pela Smithers Pira, a estimativa é de que a solução movimente em todo o globo a cifra de US$ 3,75 bilhões até 2023, o que supera os R$ 20 bilhões.
Para Felipe Simeoni, gerente de marketing e inteligência de mercado da Global Química & Moda, a adesão à tecnologia vem se tornando um caminho cada vez mais obrigatório para o ramo têxtil. “A indústria têxtil é um segmento que pouco se atualizou nas últimas décadas, porém soluções tecnológicas estão alterando esta realidade. Diferentes iniciativas que tornam os processos mais inteligentes e permitem agilidade dentro das etapas de desenvolvimento de um produto já fazem parte da realidade de negócios e este movimento tende a se fortalecer ainda mais com as mudanças no comportamento do consumidor”, cita.
Simeoni também destaca que a personalização é uma forte tendência para o mercado e deve estar na mira de empresas que buscam otimizar sua produção garantindo a sustentabilidade em seus produtos. “A impressão digital é uma contrapartida aos processos analógicos antes utilizados. Neste novo formato, o produtor não é obrigado a confeccionar uma grande quantidade de produtos que, muitas vezes, acabam em estoque ou são descartados. Com as diversas mudanças no mercado, a possibilidade de alinhar as demandas dos consumidores garante que negócios atuem com mais assertividade, produzindo peças de acordo com os desejos do cliente e garantindo maior eficiência do sistema produtivo, menor consumo de água e a redução da utilização de componentes químicos, preservando desta forma os negócios e a natureza”, explica.
Digitalização alinhada com a bandeira do ESG
Com a pauta da sustentabilidade se demonstrando cada vez mais emergencial, alternativas tecnológicas como a impressão direta em tecido, também conhecida como DTG (direct to garment), se apresentam como uma opção que atende as reivindicações atuais do mercado: rapidez, qualidade, preço justo e conservação ambiental. “Sistemas de estamparia digital entregam mais competitividade aos negócios e possibilidades para a indústria, sendo uma ferramenta que possibilita ao produtor a liberdade de produzir novas coleções diariamente, caso deseje. A tecnologia vem agregando valores que antes não eram possíveis dentro do mercado têxtil. As empresas que souberem adequar sua atividade com estas melhorias serão as que ganharão destaque nos próximos anos”, enfatiza Simeoni.
