Pós-obra representa até 5% do custo total de um empreendimento: tecnologia ajuda a controlar custos
Gasto pode ser ainda maior em imóveis de alto padrão. Gargalo comum das construtoras motiva o desenvolvimento de soluções que integram processos e garantem controle de assistências técnicas, garantias e atendimentos com base no histórico de cada unidade
Se engana quem pensa que a construtora encerra seu ciclo de investimentos em um empreendimento ao entregá-lo aos proprietários. É no pós-obra, momento em que o morador toma posse do imóvel, que muito trabalho ocorre: nesta etapa, cabe à construtora efetuar assistências técnicas conforme as garantias atribuídas a diferentes fatores que compõem o local. Um estudo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção apontou que o custo do pós-obra pode representar 5% do total de um empreendimento – podendo chegar a 25% em imóveis de alto padrão.
Para controlar a rotina de atendimentos, agilizar processos e reduzir custos, a FastBuilt, construtech brasileira, desenvolveu uma plataforma completa que integra diversas etapas da rotina construtiva para um pós-obra eficiente. “Começamos com o manual digital do proprietário. A construtora coleta e registra as informações do imóvel durante a construção e depois entrega um manual totalmente digital e personalizado, que facilita o acesso às informações. Mas vimos que este era apenas um dos desafios dessa etapa no relacionamento com os clientes”, diz o CEO da empresa, Jean Ferrari.
De olho nas oportunidades do mercado e nos gargalos comuns nas empresas, a FastBuilt desenvolveu um hub completo de soluções integradas. Quem usa a solução passa a controlar em um único sistema o processo de vistorias, por exemplo, dando ao cliente a autonomia de escolher o dia e hora de realizar a checagem antes da entrega das chaves. “Ele pode, até mesmo, fazer o processo sozinho, com apoio remoto dos especialistas das construtoras. Enquanto no processo tradicional se leva semanas para realizar as vistorias e entregas de um imóvel, com a nossa auto vistoria pode se fazer toda a entrega de um condomínio em um único dia”, diz Ferrari.
Menos chamados e mais satisfação do consumidor
Na etapa de assistências técnicas, a integração das informações permite à construtora realizar deslocamentos para manutenções geograficamente próximas em uma única vez, além de identificar remotamente o problema e orientar os clientes. A construtora Santo André, de Campinas (SP), adotou a tecnologia justamente para reduzir chamados e melhorar o atendimento ao cliente e reduziu em 50% o tempo para atendimento e em 35% o volume de chamados.
A engenheira civil e especialista em gestão de qualidade da Santo André, Ludmylla Alves Ribeiro, afirma que a experiência do cliente estava comprometida devido à falta de tempo para pensar em melhorias. “Nós trabalhávamos com diversas planilhas, não havia uma gestão completa do trabalho. O cliente abria um chamado por um outro software e depois nós tínhamos que entrar em contato com ele pelo telefone, e-mail ou Whatsapp. Era bastante corrido para a equipe de relacionamento com o cliente, porque o foco da equipe ficava em agendar horários para visitas de assistência técnica. Era bem difícil conciliar a agenda dos técnicos com os clientes. Agora o cliente abre o chamado na FastBuilt e já conseguimos encaminhar para atendimento”, revela.
Calculadora de custos mostra impacto nas construtoras
Para mostrar aos clientes o quanto é possível economizar com a tecnologia certa no pós-obra, a FastBuilt criou uma calculadora de custos desta etapa. “Basta inserir o valor atual do Custo Unitário Básico da Construção, o CUB, a quantidade e a metragem dos apartamentos do seu empreendimento para entender o impacto do pós-obra. Estimamos, com base nos resultados dos nossos clientes, que é possível reduzir em 20% estes custos. É a tecnologia alinhada às boas práticas tornando a construção civil mais eficiente, transparente e lucrativa”, finaliza o CEO.