24/01/2024

Segurança cibernética: como a IA está transformando o setor

Especialista destaca os principais benefícios do uso da ferramenta para automatizar a busca por ameaça, aumentar a defesa dos sistemas e mitigar prejuízos financeiros e operacionais

O Brasil é o país da América Latina mais afetado por ataques cibernéticos e isso não é novidade. É comum ver nas notícias que a maior porcentagem dos ataques sofridos na região é no território brasileiro. Um relatório da Security Ecosystem Knowledge, por exemplo, mostra que o Brasil sofreu 42% dos casos da região em 2022.

Em face da rápida evolução das ameaças digitais, a Inteligência Artificial se mostra uma ferramenta essencial para fortalecer as defesas das companhias brasileiras. “A capacidade de analisar grandes volumes de dados em tempo real é uma das características mais relevantes da IA, enquanto os humanos podem ser limitados pela habilidade de processar informações em grande escala. A ferramenta consegue identificar padrões e tendências de maneira muito mais eficiente. Por exemplo, ela pode ser usada para analisar dados de logs de acesso, tráfego de rede e comportamento de usuários para identificar atividades suspeitas. Esse poder de processamento massivo é crucial na detecção de ameaças, permitindo que a IA preveja ou evite ataques antes que eles efetivamente aconteçam”, explica Cristiano Ribeiro de Souza, gerente de TI da Microservice, empresa especializada na oferta de soluções para segurança cibernética corporativa.

De acordo com um relatório da Gartner, o mercado de segurança cibernética baseada em IA deve crescer de US$ 2,9 bilhões em 2022 para US$ 19,4 bilhões em 2027. Sistemas que incluem essa ferramenta aprendem com a experiência, o que significa que se tornam mais inteligentes e eficientes ao longo do tempo. 

A automatização de tarefas é outra vantagem da IA para a segurança cibernética. Ela pode ser usada para analisar o tráfego de rede em busca de anomalias que possam indicar um ataque e investigar sistemas e aplicações em busca de vulnerabilidades que possam ser exploradas por cibercriminosos. A triagem de incidentes e a aplicação automática de correções também podem ser automatizadas pela IA. 

“A IA é capaz de aprender e se adaptar, o que lhe permite identificar padrões e tendências que podem mudar com o tempo. A ferramenta pode ser usada, por exemplo, para identificar novas técnicas de phishing ou novos malwares antes do ser humano. Isso permite que as organizações estejam mais preparadas para enfrentar ataques cibernéticos e evitem prejuízos financeiros e com perda de dados”, afirma Cristiano.

O uso da IA na segurança da informação permite que os profissionais do setor foquem em atividades mais estratégicas, o que inclui o desenvolvimento de políticas de segurança, a resposta a incidentes e a realização de avaliações de risco. A expertise humana se torna mais valiosa quando direcionada para aspectos que exigem intuição, criatividade e tomada de decisões éticas complexas.


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Legenda: Cristiano Ribeiro de Souza, gerente de TI da Microservice
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