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Já se passaram quase quatro anos do acontecimento que transformou a vida de pessoas em todo o planeta. E após um 2023 de muita precaução e reflexos econômicos sensíveis ainda em decorrência da pandemia, a expectativa para 2024 é de retomada do varejo mundial, com índices próximos ao que se tinha antes da Covid, segundo especialistas.

 

“O cenário se desenha com uma combinação entre um volume de vendas mais próximo ao que se tinha antes da pandemia e a nova postura do consumidor, influenciada por essa mesma pandemia. Essa nova forma de consumo, inclusive, é determinante para o direcionamento das estratégias que possam levar a resultados mais expressivos dos negócios tanto localmente quanto em nível global”, comenta Sheyla Patrícia Pereira, sócia-diretora executiva da Father & Company Brasil.

 

A mudança das relações de consumo já está mais concretizada e apresenta o propósito como fator essencial – isto é, o cliente tem hoje um olhar prioritário para dentro de casa e para a qualidade de vida, o que interfere diretamente naquilo que ele compra e como ele compra.

 

Esse contexto leva a uma outra tendência do varejo: as soluções customizadas. Isso porque os clientes se enxergam mais do que clientes; o que se estabelece é uma relação de parceria comercial entre quem vende e quem compra. Para Thiago Raitez, diretor comercial da Father, uma jornada empresarial de sucesso está calcada em entender a necessidade do público e atendê-la de forma que favoreça o crescimento conjunto. “Isso vale para um planejamento local, de consolidação de uma marca no mercado interno, e que vai ser base para um posicionamento mais eficiente no comércio internacional. E isso se dá com mindset global, com uma visão de negócio ampla, que traz insights de grande potencial para serem aplicados aqui e servem como preparação para um passo à frente, de levar o produto ou serviço para fora do país. E esse é um movimento tangível a empresas de qualquer porte e de qualquer segmento”, destaca. 

 

A mentalidade de ter um planejamento empresarial voltado para a atuação no exterior é, para os especialistas, uma necessidade perene dos negócios locais por conta do histórico econômico do Brasil. “A Reforma Tributária é um convite para buscar negócios em outros países, para ampliar as possibilidades de atuação e entender em que lugares se pode conquistar mais vantagens em termos de tributação – e claro, crescimento do negócio”, manifesta Sheyla. 

 

 

A Inteligência Artificial é outra questão que vai cada vez mais impactar as relações de mercado, influenciando não apenas a forma de prospectar negócios como também de se comunicar com os clientes dentro do país ou no exterior. A automação de processos, a análise preditiva e a personalização das interações com os clientes tornam-se elementos essenciais para se destacar em um mercado global cada vez mais competitivo.

 

“Temos, assim, para essa nova jornada, uma interconexão entre fatores tributários, tecnológicos e comportamentais. Empresas que conseguirem adaptar suas estratégias a essas mudanças poderão explorar novas oportunidades de negócios, construir relacionamentos mais sólidos com clientes locais e internacionais e posicionar-se de forma competitiva em um ambiente global dinâmico”, resume Thiago.