Transformação digital e pandemia acentuam necessidade de mudanças na representação comercial
Roberto Vilela, consultor empresarial, destaca a importância deste profissional na consolidação e validação de negócios em tempos de pandemia
A crise econômica gerada pela pandemia do coronavírus é desconfortável e exige mudança de posturas tanto de gestores quanto de colaboradores. A redução do contato físico para a apresentação de portfólio de produtos, além de negociações e divulgação das marcas concentradas no universo online destacam que a transformação digital foi acentuada neste contexto. E um dos perfis profissionais que precisou de adequar ao mercado mais volátil e conectado foi o representante comercial.
Para o consultor empresarial e mentor de negócios Roberto Vilela, ele continua sendo figura determinante no ajuste de estratégias, desde que observe alguns novos parâmetros de atuação. “Ele é uma peça-chave na conquista de um posicionamento de mercado. Antes da pandemia, era comum, no entanto que as empresas se deparassem com profissionais com certo grau de acomodação. Uma carteira fixa de clientes, muitas vezes, superava a falta de uma postura compatível com a empresa representada. Agora, com o mercado se reajustando a uma economia ainda em crise, o representante comercial precisa ir além e as próprias empresas devem aproveitar melhor essa figura. Ele não é apenas elo entre empresa e cliente, mas as suas percepções são fundamentais para que a companhia entenda e abrace as mudanças no perfil do consumidor e atenda as expectativas que o mercado exige”, explica.
Para isso, segundo Roberto, é importante que o profissional esteja aberto à mudança e traga para a sua atuação uma nova postura. O momento é de reinvenção. "O novo representante precisa estar extremamente conectado com as novidades, além de ser independente e preocupado com as questões de atualização – não apenas as tecnológicas. É imprescindível ter conhecimento das mudanças que a empresa que ele representa vem implantando ao longo dos anos e as diretrizes estratégicas do negócio. Ele precisa estar atualizado em todos os sentidos, para levar um conteúdo claro e seguro ao cliente, estabelecendo laços fortes de relacionamento com esse mercado”, completa.
Assim, ter domínio da tecnologia é obrigatório. E ser veloz em pensamentos e atitudes torna-se um diferencial num mercado que precisa cada vez mais de profissionais capacitados. A flexibilidade e a predisposição a mudanças são outros fatores determinantes para o novo perfil do representante comercial. “Quem se fechar nesse sentido vai sofrer muito daqui pra frente. É preciso ter facilidade de adaptação às mudanças. O representante é um profissional primordial para a evolução de alguns negócios e validação de outros, e está sendo desafiado a ter um perfil diferente, um comportamento diferente, com abordagens e atitudes diferentes. É preciso enxergar oportunidades. Contar com o representante comercial sempre foi e continuará sendo uma ótima possibilidade para consolidar uma base de mercado”, finaliza o consultor.