04/08/2021

Transformação digital impõe novo ritmo de investimentos em TI. Especialista avalia possibilidades

Pesquisas mostram que 89% dos CFOs e CIOS brasileiros acreditam que investimentos em transformação digital são a chave para o sucesso das empresas. Neste cenário, crescem novas oportunidades de inovação, como o outsourcing

Com o crescimento exponencial da cultura digital no último ano entre os consumidores, a busca por iniciativas de automação também cresceram nas empresas. É o que aponta a pesquisa da IDC: de acordo com o estudo, metade das pequenas e médias empresas na América Latina quer aumentar gastos com TI em 2021. 25% dos entrevistados planejam investimentos de US$ 20 mil a US$ 50 mil, enquanto 20% dos participantes projetam mais de US$ 100 mil.

Milton Felipe Helfenstein, CCO da Envolti, empresa especializada no desenvolvimento de soluções de TI sob medida, destaca que o número reforça não só a função estratégica da transformação digital, como a importância da tecnologia para a retomada dos negócios. “Investimentos precisos em sua infraestrutura de software neste momento é algo crucial para elevar a competitividade das MPEs. Isso porque, além de transformar a conduta de trabalho, reduzindo atividades operacionais, manter sistemas atualizados e aplicar boas práticas para a melhoria do controle realizado através de sistemas integrados, permite ao gestor se concentrar no core do negócio”, afirma.

Investimentos em tecnologia, aliás, já estavam no radar dos gestores desde antes da pandemia. Essa é, inclusive, a principal prioridade para 37% dos diretores financeiros e CIOS de empresas na América Latina. “Esses dados indicam que a digitalização e inovação tecnológica estão acontecendo em uma velocidade muito grande e as empresas estão querendo investir em processos que os façam acompanhar todo esse processo” salienta o executivo da Envolti.

Serviços de terceirização crescem em novo ambiente de negócios
Milton Felipe afirma que, neste movimento de digitalização, as mudanças estimulam a competitividade e são ainda mais estratégicas. “É necessário analisar, por exemplo, se um investimento em estrutura interna não compromete outros setores, enquanto a contratação de equipes especializadas não seria um cenário mais viável, onde o gestor conta com a expertise de diversos profissionais a um custo muito mais direcionado”, destaca.

Uma das principais métricas para avaliar investimentos em TI e decidir por contratações internas ou terceirizadas é o custo total da posse, ou TCO. “É uma projeção de custos relacionados à compra de todo o investimento, incluindo software, hardware, além de mão de obra e outros custos necessários para que tudo se mantenha funcionando. Esse dado é bastante importante para termos uma visão mais ampla sobre tudo o que será gasto e aponta, inclusive, se a empresa tem recursos para arcar com os custos” explica o especialista da Envolti. E complementa: “Neste sentido, optar por investimentos em projetos on demand ou mesmo na manutenção da estrutura através de um parceiro permite um controle mais claro sobre os gastos em longo prazo”.


Legenda: Milton Felipe Helfenstein, diretor comercial da Envolti
Créditos: Rodrigo Parucher