24/11/2021

Viagens corporativas reaquecem, mas exigem flexibilização e garantia de segurança, afirmam especialistas

Em webinar realizado nesta terça-feira (23) pela Academia de Viagens, executivos da Minerva Foods, Grupo Arbaitman e Paytrack destacaram mudanças que se consolidam para o pós-pandemia e o impacto positivo da tecnologia para a gestão dos deslocamentos dos profissionais

Viajar a trabalho não deixou de fazer parte da agenda executiva, mas agora precisa valer a pena. Esse é apenas um dos aspectos que mudou no segmento de viagens corporativas e que traz uma nova visão para o pós-pandemia. A análise partiu de executivos participantes da comunidade BT for All, da Academia de Viagens Corporativas, que reúne dezenas de especialistas para discutir boas práticas, segurança e gestão.

No webinar realizado nesta terça-feira (23), os participantes - Patrícia Thomas, diretora da Academia de Viagens Corporativas, Joyce Negrelli, gerente de viagens da Minerva Foods, Siderley Santos, vice-presidente do Grupo Arbaitman e Daniele Amaro, CEO da Paytrack – destacaram que o reaquecimento das viagens corporativas já é uma realidade. 

Para os executivos, os deslocamentos são cada vez mais assertivos, visto que os profissionais estão mais exigentes quanto às viagens. “O perfil do viajante mudou e uma coisa é certa: o deslocamento tem que valer a pena. Nossos profissionais querem saber como será a viagem do início ao fim, trazem pontos da política para serem revistos e precisamos prezar pela segurança. Nosso desafio é garantir bem-estar ao mesmo tempo que focamos nos resultados para a empresa”, avalia a executiva da Minerva Foods.

De acordo com Siderley, com o avanço da vacinação, o mercado tende a ser ainda mais exigente no que diz respeito aos negócios presenciais: “As empresas precisam das viagens, são elas que promovem a interação, networking e fechamento de negócios. O profissional precisa se deslocar e precisa estar bem assistido e cabe à empresa garantir maior visibilidade ao longo do processo”.

À frente da Paytrack, que desenvolve tecnologias para gestão de deslocamentos, Daniele acredita que é a garantia de acompanhamento durante o processo que traz maior segurança. “Hoje, tanto o gestor pode ter uma interface com informações sobre a rotina do profissional em viagem, como o próprio viajante tem uma visibilidade muito interessante, dando a ele respaldo para poder atuar sem preocupações relacionadas às questões burocráticas do deslocamento, por exemplo”, reforça.

Menor X melhor tarifa: realidade do negócio pesa na decisão

Os executivos da BT For All acreditam que, do ponto de vista prático das viagens corporativas, a revisão das políticas da empresa proporciona a otimização de recursos. Viagens padrão, com pouca alteração de rota e horários, por exemplo, podem ser mais vantajosas ao se estabelecer como prática a escolha da menor tarifa.

“No entanto, empresas com viagens constantes sem estes aspectos podem ser mais assertivas ao escolher a melhor tarifa, ou seja, criarem parâmetros para definir opções de melhor custo-benefício.  Hoje vemos muitas peculiaridades na rotina dos viajantes, e com uma gestão automatizada, onde sistemas permitam a parametrização de regras para diferentes perfis, as empresas e lideranças ganham uma visão 360 na gestão dos deslocamentos, o que tem sido cada vez mais importante para definição de estratégias assertivas e racionalização de custos”, finaliza a CEO da Paytrack.

Gestão de bilhetes não voados segue sendo desafio

Outro destaque do webinar foi a troca de experiências sobre um dos principais desafios da área de viagens corporativas: a gestão de tickets não voados.

“Sempre aconselhamos reemitir, mas muitos viajantes não têm essa visibilidade do que tem de bilhete em aberto, nunca sabe-se ao certo o que tem de valor em aberto nem o que será descontado de multa e o que será reembolsado. Por isso é importante realizar uma boa gestão”, destaca a diretora da Minerva Foods.

“Tivemos um novo momento na pandemia, onde não havia muita clareza sobre o tempo em que os deslocamentos seriam restritos. Foi um momento muito diferente, o que fez com que muitas empresas optassem por pedir o reembolso das passagens. Agora, com o mercado reaquecido, temos percebido que nossos usuários estão muito mais propensos a garantir a reemissão dos tickes”, finaliza Daniele.

 


Legenda: Gestores discutem desafios da gestão de viagens corporativas - soluções como a da Paytrack apoiam no controle de dados
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